Oi sofre punição e ligar de orelhão para fixo agora é gratuito

Medida | Gratuidade nas ligações para telefones fixos até 30 de agosto

Região – Em abril deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que as ligações locais, feitas para telefones fixos em orelhões da concessionária Oi seriam gratuitas em todo o Estado do Rio Grande do Sul. A ação também foi adotada em outros 14 estados do Brasil, como Paraná e Bahia.

A medida foi motivada pelo fato de que a Oi não atingiu os patamares mínimos de disponibilidade de orelhões nos 15 estados. A disponibilidade mínima, em relação aos estados, deve ser de 90%, enquanto que, em relação às localidades que são atendidas apenas por orelhões (acesso coletivo), a disponibilidade mínima deve ser de 95%.Em nota em seu site, a Oi informa que as chamadas serão gratuitas “até, no mínimo, 30 de agosto, devendo permanecer gratuitas até que os patamares satisfatórios de disponibilidade sejam alcançados”.

Falta de orelhões em pleno funcionamento motiva ação

A medida solicitada à Oi pela Anatel foi motivada pela falha da concessionária em disponibilizar unidades suficientes para satisfazer os padrões de cobertura da Agência. A solicitação ocorreu após a medição de março, quando a disponibilidade no Rio Grande do Sul, que deveria ser de no mínimo 90%, foi de 62%, e a disponibilidade em locais atendidos apenas por orelhões (cujo mínimo teria de ser 95%) foi de 69%.

Além das unidades que estão “sumindo” dos locais onde estavam instalados anteriormente (conforme exemplo ao lado), a concessionária deve providenciar o conserto das unidades que não estão funcionando. No Rio Grande do Sul, das 46.293 unidades instaladas, 22.251 delas estão em manutenção.

Uso do orelhão como alternativa

Rubilar Rapacki é proprietário do Ponto das Frutas, fruteira de Sapiranga, que é ponto de venda de cartões para uso dos orelhões na cidade. Quando questionado sobre a ação da Anatel, determinando as concessionárias da Oi a disponibilizarem ligações gratuitas de orelhões para telefones fixos, ele comenta que não estava sabendo da medida. “Até acho que, pelo menos aqui no centro, temos bastante unidades. Nos arredores da fruteira, temos pelo menos três. Se funcionam não sei, mas eles estão aí”, comenta.

Coforme Rubilar, apesar de ainda vender alguns cartões, não há muita procura. “Vendemos pouco. O vendedor dos cartões vem nos visitar umas duas vezes por mês, mas sempre temos alguma coisa em estoque quando ele nos visita. Nossas vendas não somam 20 cartões por mês. Acho que ela é mais um quebra-galho, tanto para nós quanto para o cliente. São casos em que a pessoa acabou esquecendo o celular em casa e pega o cartão para usar o orelhão como alternativa”, conta.