Ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 na região ultrapassa os 90%

por Caroline Waschburger

 

Região – A ocupação dos leitos para Covid-19 na região, especialmente nas UTIs, já passou a marca dos 90% em muitos municípios – entre eles, Campo Bom e Sapiranga. Até o momento, o Hospital Lauro Reus de Campo Bom possui 10 leitos de Internação na Unidade Covid, mas pode ampliar o número para 32. Já na UTI, há 2 leitos de isolamento para Covid que serão ampliados em breve para 5. Na ala emergencial, há 4 leitos, e um deles é destinado ao atendimento de emergência para pacientes com Covid-19. Neste espaço, o paciente é estabilizado e após encaminhado para Unidade de Internação ou UTI.

Já no Hospital Sapiranga, dos 5 leitos de UTI estruturados para Covid-19, todos estão ocupados. De acordo com a direção do hospital, com o aumento da demanda, está sendo organizado uma Unidade com leitos de internação para as próximas semanas. A unidade deve contar inicialmente com 7 leitos, mas pode expandir para 12.

Em Taquara, no Vale do Paranhana, desde o dia 16 de abril, quando a Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN) assumiu a gestão do Hospital Bom Jesus, a prioridade foi colocar a instituição de saúde em operação novamente, permitindo reforçar o combate ao coronavírus na região. Foram reativados dez leitos de UTI e a instalados 20 leitos de internação clínica.

Em Sapiranga, a média de internação pela doença tem sido cerca de 23 dias. O primeiro paciente foi internado no dia 03 de junho. “Tivemos duas altas, uma para recuperação em casa pois não necessitava mais de UTI e outro que recebeu alta recuperado, além de um óbito, de um paciente de outro município”, destacou a direção do Hospital Sapiranga.

 

A importância do isolamento dos internados

Segundo os hospitais, não há diferenças de equipamentos entre os leitos de UTI comuns e para Covid-19, apenas nas precauções de cuidados com isolamento. Em Campo Bom, os leitos Covid estão em uma ala isolada dos demais, já para evitar o risco de contaminação dos demais pacientes e colaboradores.
Dirceu Dal’Molin, presidente da Associação Hospitalar Vila Nova de Taquara, destaca: “A transmissão do novo coronavírus acontece de uma pessoa doente para outra por contato próximo por meio das secreções: gotículas de saliva, do espirro, da tosse e do catarro – além dos objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc. Por isso, a necessidade de manter a separação entre os leitos de pacientes com outras doenças daqueles internados pela Covid-19: para que não haja a transmissão do vírus entre eles.”