O ontem e hoje do futebol da Associação Esportiva de Sapiranga

Torcedor fala sobre a rotina dos domingos de jogos e presidente da Associação comenta a situação atual do clube

Na década de 80, os sapiranguenses tinham destino certo aos domingos: o campo da Associação Esportiva de Sapiranga, no bairro Sete de Setembro. “O estádio sempre lotava na época. No domingo era o que tinha. Ou o pessoal ia no cinema ou no jogo. Íamos ver jogos contra o Cairú, o 15 de Novembro e a Associação também jogava contra o Sete de Dois Irmãos. Também vinham alguns times do interior e aí fazíamos um quadrangular”, lembra Marco Antonio Derg, de 63 anos, sapiranguense que mora bem próximo ao estádio da Associação – e que voltaria a frequentar o estádio, caso o time amador retomasse as atividades. “Às vezes vou ver os jogos de várzea, mas se a Associação voltasse, certamente iria lá ver as partidas”.

Marco Antonio conta que a Associação tinha mais facilidade de ganhar contra o Sete de Setembro de Dois Irmãos – mas contra o 15 de Novembro, a história era outra. “Era complicado ganhar do 15. A estrutura do 15 era bem melhor, até porque as fábricas contribuíam com o time e a nossa empresa mais forte, a Paquetá, não ajudava, apenas as fábricas menores colaboravam um pouco”, comenta o sapiranguense, que também lembra que a Associação tinha sua própria torcida organizada. “O pessoal do bloco de carnaval, Os Magnatas, pegava os instrumentos que ficavam na Sociedade Sete de Setembro e vinha torcer, fazer batucada”.

Categorias de base e busca por recursos

Evandro Facco Lago, presidente da Associação, explica que hoje o clube mantém a escolinha, para as categorias de base. “Hoje estamos com a base disputando campeonatos da região, como Sulicampe, por não ter condições de seguir com o amador, devido à dificuldade financeira da cidade – inclusive reduziu o número de alunos que pagam mensalidade. Acaba sendo mais um trabalho social”, diz. Porém, a Associação já colocou sua documentação em dia. “Legalmente, esse é o início para podermos tentar um projeto de captação de recursos, junto ao governo Estadual ou Federal. Para manter o patrimônio, a Associação aluga o campo para os eventos do município.

Atualmente, a escolinha funciona às terças-feiras, pela manhã e tarde, e no sábado pela manhã. “Se alguém tiver interesse, basta procurar o pessoal da escolinha nesses dias na sede. Nós pedimos que a criança tenha seu material esportivo, como calção, meia, chuteira. A mensalidade é de R$ 25,00 por mês”, informa Evandro.