O negócio vai bem…mas pode ficar ainda melhor

Região – Em meio às indústrias e comércios dos municípios, uma técnica pouco difundida ganha espaço nas áreas rurais de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz: as lavouras de pepino para conserva. Entidades como a Emater/RS e Prefeituras  prestam auxílio, mas no entendimento dos agricultores, é preciso mais. Hoje, o trabalho garante o sustento de pelo menos 14 famílias.
Mas, segundo os produtores, o negócio poderia gerar mais dividendos. Conforme um dos agricultores familiares ouvidos pelo Jornal Repercussão,  a maior dificuldade do homem do campo não está mais na falta ou no acesso ao crédito (que existe em abundância), mas sim, na escassez de profissionais capacitados para apoiar os agricultores em itens básicos, como o combate de pragas e ervas-daninhas. “Sem o conhecimento, o vírus se prolifera e aumenta a necessidade do uso de agrotóxicos. Mas, o caminho da agricultura do futuro está nos alimentos orgânicos”, explica o agricultor, Vitor Hugo Santos da Costa, de Araricá. Ele argumenta expondo uma situação vivenciada em sua propriedade. “Cada um dos agricultores poderia colher quatro quilos de pepino por pé. Mas, como a assistência é tímida, cada pé rende, no máximo, 1,5 quilo. Mesmo sendo um rendimento baixo, dá lucro. Imagine se rendesse mais…”questiona.
De acordo o supervisor da Emater/RS-Ascar na região, Nelson Baldasso, a entidade possui interesse em dialogar com os pequenos agricultores. “Atendemos cerca de 70 municípios. Vamos tratar este tema”, anuncia.
COOPERATIVA É O DESEJO
Um dos agricultores familiares que mais sonha com a criação de uma cooperativa é Vitor Hugo Santos da Costa. Dono de uma lavoura com mais de 9 mil pés de pepinos ele explica que dela é possível tirar até 15 mil quilos do vegetal. “O que necessitamos é de organização. E nada mais moderno do que uma cooperativa que dê as condições para o desenvolvimento”, aposta. Atualmente, os 14 agricultores dos três municípios contam com ajuda paliativa (incompleta) de secretarias de Agricultura e de dois técnicos da Emater. “A asssistência deve ser semanal e não esporadicamente como ocorre”, cobra João Roveda.