O mais puro leite pode ser encontrado em Sapiranga

Às seis horas da manhã, durante todos os dias da semana, a família Dias já está de pé se preparando para os trabalhos de ordenha. Essa rotina se repete há mais de 10 anos para Andréia, que antes mesmo de se casar com Leandro, comprou suas três primeiras vacas e começou a investir na produção de leite dos animais.
Porém, o leite das vacas dessa família não se trata de um leite tão comum, já que são os únicos produtores de leite do município que utilizam embalagens apropriadas para receber o alimento. “Todos os produtores de leite de Sapiranga que conhecemos reutilizam garrafas pet de refrigerante e sabemos que essa embalagem não é totalmente higiênica, às vezes contendo cheiro e gosto”, disse Leandro Dias, esposo de Andréia.
A família relata que sempre se preocupou com a higiene dos seus produtos, procurando oferecer para os consumidores o melhor. Há cerca de um ano e meio, que passaram a adquirir as embalagens apropriadas para venda do produto. 
“Percebemos que o consumidor prefere um leite que ele vê através da embalagem que está limpo e é puro. Ele sabe que fará melhor para a sua saúde”, disse Andréia.
A procura aumentou e junto subiu a produção de de leite e derivados e a qualidade dos produtos
Além de leite, os Dias produzem nata, queijo colonial, queijo minas e iogurte, e comercializam esses produtos na Feira do Agricultor. Leandro conta que antes de começarem a vender o leite e seus derivados em embalagens adequadas, eles levavam 20 garrafas de leite para a feira e ainda voltavam com algumas para casa. Hoje eles levam cem garrafas e ainda falta. Uma garrafa com dois litros de leite é vendida por R$5,00.
O casal diz que não pretende aumentar sua produção de leite, para poder se dedicar bem à quantidade que já produz. “Fazemos um trabalho com muito capricho e não queremos colocar outras pessoas para trabalhar com nós sem ter a certeza de que se dedicarão tão bem a esse trabalho”, disse Andréia.
O casal reassalta a importância de adquirir o leite colonial, já que o consumidor saberá que não corre o risco de conter formól, como já aconteceu de aparecer em marcas de leite em caixinha, entre outras substâncias artificiais. “Nossa maior dificuldade como agricultores é não ter um apoio maior do governo, já que é pequeno em comparação às cidades da região”, disse Leandro.
Qualificação
Andréia e Leandro procuram participar de cursos qualificatórios na área de agricultura anualmente para se atualizarem com os aprendizados de produção e sempre trazer o melhor leite e seus derivados para os seus clientes.
As vacas da chácara da família reproduzem através de inceminação artificial, que a própria produtora Andréia realiza.  A alimentação dos animais também é controlada, sendo usados produtos homeopáticos, para o controle de vermes e carrapatos.