Novo sistema de captação de água em Campo Bom já opera parcialmente

Equipamentos modernos garantem abastecimento de água nas cidades que compõem o sistema integrado de Campo Bom - Fotos: Divulgação

Campo Bom – A captação de água do Rio dos Sinos, em Campo Bom, que abastece Sapiranga, Estância Velha, Campo Bom e Portão, recebeu uma obra que duplica a capacidade de produção e tratamento de água na Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada no bairro 25 de Julho, em Campo Bom. Segundo o secretário do Meio Ambiente de Campo Bom, João Flávio da Rosa, a obra já foi parcialmente concluída e os novos equipamentos já estão operando de forma parcial. “Falta a colocação de alguns grupos de motor e bomba, além do término da urbanização da área da captação”, detalha.

A obra foi realizada pela empresa Conster Construções, contratada pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que também bancou as melhorias, com um investimento de R$ 26.433.103,52, usados na reformulação tanto da ETA quanto da Estação de Bombeamento de Água Bruta (EBAB).

Segundo a Corsan, as melhorias possibilitam a captação de 1.000 litros de água do Rio dos Sinos por segundo. As melhorias beneficiam cerca de 160 mil pessoas nas quatro cidades.

Equipamentos garantem a captação da água mesmo com nível baixo do rio

O secretário João Flávio explica que, com os novos equipamentos, há melhor captação de água na estação. “Foi um investimento extremamente importante, beneficia mais cidades nesse sistema integrado. Teve uma mudança importante na segurança da captação, antes se pegava a água nas bombas e, com o rio baixo, puxa muito ar para dentro das bombas e acabavam danificando os equipamentos. Agora, só se não houver água no rio para não capta. Bombas são extremamente modernas, a captação ficou com uma tecnologia de ponta”, detalha o secretário.

“Pensar em uma forma regional”

O secretário João Flávio também comentou sobre os benefícios que a obra traz para a região. “Vai trazer uma segurança hídrica, só não teremos água na ETA se o Rio dos Sinos secar, porque o ponto de captação agora é na cota zero do rio. Isso é um fator muito importante. Nós temos que pensar essa questão hídrica em uma forma ampla e regional, não adianta ter a melhor estação de captação e bombeamento do estado, e em uma seca grave, não ter água para captar. Tem várias propostas que vêm sendo discutidas há anos, desde a construção de barragens na cabeceira do rio, até micro e pequenos açudes ao longo da bacia do Rio dos Sinos. São alternativas para as épocas de seca e escassez, para manter uma vasão mínima para o rio. Com a urbanização das cidades e o avanço do aterramento dos banhados, o rio se transforma praticamente em uma calha. Não é só falta de água, tem períodos do ano que o rio transborda, e todos sabemos os transtornos que isso traz para nossa região, e tem épocas que praticamente dá para atravessar o rio a pé”, completa.