Nova Hartz quer instalar ecoponto para recolher móveis e pneus

Nova Hartz – A Prefeitura de Nova Hartz trabalha para a implementação de um novo projeto no Município, mirando a diminuição do descarte incorreto de móveis e pneus. A intenção é criar um ecoponto para a arrecadação destes objetos junto à usina de reciclagem, com um calendário dos dias de recebimento.

O projeto surgiu como contraponto aos autos de infração que Nova Hartz tem junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam). Autuações dos anos de 2013, 2014, 2015 e 2016, que somam em torno de R$ 112 mil. Com a instalação do ecoponto, além de diminuir o volume de descarte nas ruas, o Município terá dedução no valor das autuações.

Os móveis arrecadados seriam triturados junto com galhos e folhas e destinados ao projeto de compostagem. A intenção é criar o Dia do Bota Fora, quando a comunidade poderá levar os materiais até a usina. “Sabemos que nem todos levarão, mas se diminuir 10% já vamos ter um ganho”, destacou William da Silva, secretário de Planejamento Urbano.

Melhoria na usina

Além disso, está incluso no projeto a melhoria no prédio da usina, com a construção de um telhado para proteção do sol e da chuva. “Foi apontado o local onde pega sol e chuva, porém se aquela área for fechada ninguém vai aguentar o cheiro dentro do galpão no verão; Por isso que precisa ter uma área ventilada. O problema é que queimou um telhado que ligava os galpões, este que abriga do sol e da chuva”, explicou o secretário.

Destinação

Hoje, o Município transporta os resíduos produzidos para a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), em São Leopoldo. A vala existente já atingiu a sua capacidade máxima e através de estudo foi percebido que teria um maior custo benefício levar estes resíduos para a CRVR.

Acima da média

Mensalmente são produzidos de 200 a 250 toneladas de lixo no Município, sendo que 25% deste total é separado. “Estamos acima dos índices, que ficam entre 10 a 15%. Ainda não é um índice bom, queremos aumentar esse número. Além disso, utilizamos caminhão baú para coleta ao invés de caminhão compactador, pois assim se aproveita mais o lixo”, comentou.

Ainda, segundo William, o projeto foi apresentado para a Fepam em outubro de 2017, mas por enquanto a Administração não teve retorno da Fundação. Com a criação do ecoponto será evitada a proliferação de animais como ratos, além de diminuir gastos com recolhimento de materiais depositados nas ruas do Município.

Texto: Bruna Bertoldi                      Fotografia: Arquivo JR