Nova Hartz está com a sua Central de triagem fechada

Nova Hartz – Desempregada, doente, sem dinheiro para o básico, marido ou filhos. Maria Neli da Silva, 53 anos, moradora do Canto Kirsch – área de encosta e suscetível à deslizamentos do município – é uma das antigas funcionárias da Central de Triagem de Resíduos de Nova Hartz.
Desde a suspensão dos trabalhos pela Fepam no mês passado, em virtude de uma denúncia de que chorume estaria escorrendo de uma das lagoas, dezenas de trabalhadores precisam buscar alternativas para ter o básico. “Sou sozinha e agora sem emprego, não sei se consiguirei pagar a luz”, lembra Maria, que assim como outras espalhadas pelo Brasil, também conta com a compreensão de pequenos empresários quando necessita pendurar a conta do mês.
Conforme a Prefeitura, toda a documentação exigida pela Fepam para a reabertura da Central será encaminhada. “Reabriremos a Central assim que ela for liberada”, explica o secretário de Meio Ambiente, Roberto Senger. Sobre rumores de que uma multa teria sido aplicada, o secretário é enfático. “Não houve multa, só a suspensão dos trabalhos”, explica.
O aterro sanitário (onde é depositado o que não é reaproveitado) possui licença de operação até 2014. Com a interdição dos trabalhos no local, a Prefeitura se viu forçada a contratar de forma emergencial a empresa Onze, para recolher e destinar os resíduos da população.