Nova Hartz – Um esforço conjunto do Setor de Fiscalização Ambiental da Prefeitura, Brigada Militar, Polícia Civil e da Comarca de Sapiranga tem procurado interromper uma série de ações de degradação de áreas ainda intocáveis dos contrafortes do Morro Ferrabraz (último resquício de Mata Atlântica ainda presente na região do Vale do Sinos).
Recente operação integrada na última semana, no final de Rua Jacob Pilger, Zona Rural, combateu o descumprimento de uma ordem judicial e que havia embargado, em julho, a venda desenfreada de chácaras e sítios junto ao trecho de Nova Hartz dos contrafortes do Morro Ferrabraz.
O secretário de Planejamento e Captação de Recursos, William Rodrigues da Silva, lamenta que a deterioração e desmatamento na região continuam, mesmo com ações constantes da Justiça, do município e dos órgãos policiais em tentar coibir este tipo de ação de degradação do meio ambiente. “Colocamos algumas pedras bem grandes para obstruir a passagem de veículos no acesso à área. Recebemos a oficial de Justiça, de Sapiranga, que veio conferir in loco a situação, e recebemos a orientação de mantermos essas pedras. Nessa mesma linha, o Ministério Público oficiou a Patram, da Brigada Militar, para comparecer no local, mas sem sucesso”, lamentou.
Secretário lamenta falta de respaldo estadual nas ações lideradas pelo município
Atuando praticamente sozinhos na luta pela preservação dos contrafortes na área territorial de Nova Hartz, William Rodrigues da Silva diz que é necessário uma ação conjunta e robusta para frear esse tipo de degradação. “Sem respaldo da Patrulha Ambiental da Brigada Militar fica difícil, dependemos da ação de polícia do órgão”, detalha William.
Comunidade precisa denunciar
Ações de degradação do meio ambiente nas áreas junto ao Morro Ferrabraz no trecho de Nova Hartz, infelizmente, se tornaram rotina. “É muito complicado. Monitoramos e atuamos para impedir ações de derrubada de mata nativa em outras três áreas: na localidade do Arroio da Bica, na área rural do bairro Imigrante, na divisa com Parobé, outra derrubada de mata ocorre na divisa com Araricá e uma quarta área na localidade de Solitária Alta”, pontua o secretário.
A única área e ação de desmatamento que não resultou em um auto de infração é na Solitária Alta. “Na divisa com Parobé estão fracionando a área de forma irregular. No futuro, se formará uma vila com esgoto a céu aberto e falta de água potável. Continuaremos com as ações de fiscalização nas áreas de preservação e contamos com a ajuda da população em denunciar esses crimes ambientais”, conclama o secretário. Denúncias devem ser feitas pelo telefone 3565-1111 no Setor de Fiscalização ou com a equipe de Fiscalização Ambiental.