Nova Hartz – Ao lado de Araricá, o município é um dos últimos a receber obras de construção de um sistema de abastecimento de água tratada na região Metropolitana de Porto Alegre.
Atualmente, existem cerca de dez poços industriais perfurados no município e que abastecem, cada um, cerca de 80 economias. A dificuldade no abastecimento de água em Nova Hartz é sentida até mesmo durante a construção de novas moradias. “Muitas vezes, não conseguimos financiar casas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida em razão da falta de saneamento e de estrutura em Nova Hartz”, revelou o superintendente regional da Caixa Econômica Federal no Vale do Sinos, Mauro Roberto Bohn .
A ausência de um sistema público de abastecimento força os moradores a perfurarem cada um o seu próprio poço artesiano. “Isso gera custo inicial de R$ 2 mil, além da despesa mensal com energia elétrica”, destaca o secretário de Planejamento Urbano e Captação de Recursos, Luciano Fleck.
O engenheiro ambiental da prefeitura de Nova Hartz, Fernando Von Muhlen, destaca que as obras durarão cerca de 30 meses.
Detalhes da maior obra de Nova Hartz
Um dos graves problemas encontrados pela Prefeitura nos poços individuais em Nova Hartz está na existência de cromo (metal pesado presente nos resíduos de couro).
g O diretor-presidente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Tarcísio Zimmermann, esclarece que a construção da adutora de água tratada de Parobé até Nova Hartz só é possível através do investimento de R$ 30 milhões da estatal em Três Coroas. “A obra de abastecimento em Três Coroas beneficiará os moradores de Igrejinha. Com isso, Parobé não ficará sobrecarregada e poderá fornecer água para os moradores de Nova Hartz, através desta parceria entre a Corsan e a Prefeitura de Nova Hartz”, explica Tarcísio.
Zimmermann esclarece ainda que a meta da estatal é realizar a licitação da adutora de mais de dez quilômetros, de Parobé até Nova Hartz, até março. “Em junho esta obra deve iniciar”, frisou.
Quando foi prefeito de Novo Hamburgo, Zimmermann acompanhava de perto as ações da Comusa (autarquia que gerencia o sistema de água no município). “Nova Hartz precisará trabalhar com uma tarifa real para garantir investimentos futuros”, aconselha.
Serão investidos R$ 10.069.826,58 no projeto de saneamento. Cerca de R$ 719.668,50 será a contrapartida do município. O sistema contará com 91 quilômetros de extensão e 4.375 ligações. “Os moradores não serão obrigados a se ligar no sistema,” destacou Zimmermann.
