Nem 50% do lixo que chega na usina é separado de forma correta em Sapiranga

Por dia, são produzidas cerca de 40 toneladas de lixo em Sapiranga (Foto: Melissa Costa)

Sapiranga – O bom índice de reciclagem de um município depende de uma série de fatores. E um dos mais importantes é a conscientização e participação da comunidade, com a correta separação dos resíduos domésticos. Esse cuidado com o destino correto, que inicia dentro de casa, seguindo com a colocação das sacolas nos dias e horários corretos na rua, faz toda a diferença no destino, que hoje ocorre Central de Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos (Cetrisa), no bairro Floresta.
Infelizmente, o município de Sapiranga não tem um bom índice para comemorar. Segundo informações do secretário de Meio Ambiente, Ederson André Klein, e da engenheira florestal Thais Fantinel Malta, responsável pela gestão dos resíduos domésticos, nem 50% do lixo produzido pela comunidade que chega até a central de triagem está separado de forma correta. “É um índice muito baixo, sim! Gostaríamos de ter uma taxa mais elevada. As pessoas precisam se conscientizar mais da importância disso, tanto para o meio ambiente, quanto para a própria geração de emprego da nossa cooperativa”, disse Thais Fantinel.

Por dia, Sapiranga produz 40 toneladas de lixo; em média, 60% orgânico e outros 40% de seco

A produção de lixo diária em Sapiranga é de cerca de 40 toneladas, sendo que de 60% são equivalentes a lixo orgânico e 40% de inorgânico. Conforme a engenheira florestal, somente o índice de 10% é reciclado. Diferente do que a maioria das pessoas imagina, a quantidade de lixo que tem chegado na central de triagem diminuiu na pandemia. “Isso porque temos a situação dos catadores informais, o que acabou influenciando muito neste período”, conta ela.

“Precisamos melhorar e será pela educação”,

O secretário de Meio Ambiente acredita que a mudança está na educação, na geração futuro, assim como na conscientização. “Precisamos melhorar e acredito que uma das formas é investir na educação ambiental, direto na escola, nas crianças. Elas levando os ensinamentos para casa, os pais, a família, acabam aderindo a essa ideia da separação correta do resíduo, assim como o aproveitamento melhor do material orgânico gerado em casa, como restos de alimentos e cascas de frutas”, destaca o secretário, lembrando que o descarte destes itens é algo que também prejudica a coleta, pois as cascas de frutas e alimentos, que poderiam ser utilizadas em compostagens em casa, pesam demais e ainda acabam se misturando aos demais resíduos.

NÚMEROS DA COLETA SELETIVA

Por dia, Sapiranga produz 40 toneladas de lixo. 60% são de lixo orgânico. 40% são de lixo seco. 10% são reciclados. 27 pessoas atuam na cooperativa Recicooper. Menos de 50% é o índice de separação pela comunidade. R$ 32 mil é o repasse da prefeitura para manutenção da Cetrisa.