Não provoque a cor do rosa choque

Dilma Roussef, a ex-Governadora Yeda Crusius, são bons exemplos de personalidades que fizeram e ainda fazem a diferença na vida política. Outros nomes como Anita Garibaldi (revolucionária do século XIX), algumas internacionais, como Joana D’Arc (camponesa que ajudou a França a vencer a Inglaterra na Guerra dos Cem Anos), Cleópatra (rainha egípcia que agitou o cenário político romano), Madre Teresa de Calcutá, entre outras, merecem destaque pela luta que enfrentaram independente da época. Essas mulheres citadas foram grandes guerreiras, mas as mulheres que estão lendo esta matéria, com certeza também são. Mulheres fazem mais de uma coisa ao mesmo tempo, carregam um filho por nove meses dentro de si, cuidam do marido, trabalham tanto quanto ele, arrumam a casa, os filhos, a geladeira, o cabelo, o chuveiro. Mulheres hoje são independentes, matam um leão por dia e sobrevivem. Mulheres aguentam e são fortes. São heroínas, lindas e são merecedoras de todo o respeito.

MERCADO DE TRABALHO INUSITADO

Dona de casa, faxineira, cabeleireira, manicure, confeiteira.Profissões em sua maioria atuadas pelo sexo femino. Não para Rita Regina Knoll, motorista de ônibus há 4 anos. Com o pai caminhoneiro, ela acredita que essa vontade por dirigir veículos grandes esteja em seu DNA. Ela afirma amar a profissão e mesmo sofrendo preconceito algumas vezes, quer se aposentar neste ramo. “Se eu fizer qualquer coisa de errado no trânsito, vão me julgar por ser mulher. Mas mesmo com esta responsabilidade de sempre acertar, é muito gratificante pra mim por estar fazendo o que eu gosto. Acordo feliz todos os dias para trabalhar.”
A professora socióloga da Universidade Feevale, Sueli Maria Cabral, afirma que ainda falta muito caminho para percorrer. “Não há dúvida que a mulher ampliou seu espaço de atuação. Tanto no espaço público como privado. Contudo, tais conquistas ainda não são suficientes.
Apesar de sua inserção no mercado de trabalho ter ampliado as condições de trabalho, salário e oportunidades são diferenciadas se compradas com o espaço que ocupa o homem, outro foco a ser considerado são as múltiplas jornadas de trabalho ” – ressalta ela.

História de superação de uma guerreira que lutou contra o câncer

Infelizmente, o câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres. Ele consiste no desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno. Algumas mulheres descobrem em situações diversas que desenvolveram a doença, podendo ser no banho, no momento de se vestir, ou até mesmo no trabalho.
Assim aconteceu com a senhora Velaria Zimmer Rheinheimer, 52 anos, onde puxou uma máquina pesada em seu trabalho e sentiu uma fisgada. Quando chegou em casa realizou o exame de toque, descobrindo o nódulo – “Logo procurei buscar ajuda com profissionais da área para poderem me auxiliar melhor. A cirurgia foi fácil, mas as seções de quimioterapia não são nada agradáveis pois tive sintomas comuns ao tratamento, como náusea, vômitos e a queda de todo o cabelo” – ressalta ela.
Mesmo com as complicações, Velaria afirma que tudo vai voltar ao normal, após o término do tratamento – “Me sinto vitoriosa, pois é mais uma etapa vencida. Tento seguir a vida da melhor forma possível. Ainda tenho as radioterapias para fazer e ficarei em acompanhamento por 5 anos e é preciso estar atenta! Durante estes meses de tratamento não estou trabalhando, mas assim que terminar tudo volta ao normal” – finaliza.

“A mulher bebe cerveja, vai a jogos, fala mal do juiz, mas nem por isso perde sua sutileza”

Há algumas décadas atrás homens iam ao estádio desacompanhados, bebiam sua cerveja, e voltavam para os braços de sua família. Há alguns anos atrás as mulheres e filhos os acompanhavam aos jogos, e a família feliz voltava pra casa com ele dirigindo. Hoje em dia, o jogo reverteu. Mulheres vão só aos estádios, falam alto, bebem, vão de carro, metrô ou a pé, não importa. O que vale é não perder o jogo do seu time do coração.
Um bom exemplo é de Dulciane Gonçalves, 25 anos, gremista de coração que não fica fora de nenhum item citado acima. Ela afirma que a mulher ganhou muito espaço e nem por isso deixa de ser feminina – “Acredito que a mulher vem conquistando cada dia mais o seu espaço no universo masculino, no mercado de trabalho, na política, e em profissões antes só exercidas por homens. Há pelo menos cinco anos atrás o público feminino nos estádios era bem reduzindo, ou formado por gurias que iam apenas acompanhar os namorados. Hoje o cenário mudou bastante, tendo mulheres que vão até sozinhas. As vezes mais do que isso, assim como eu, não é por falta de companhia que vou deixar de ir pro estádio. Mulher bebe cerveja, vai a jogos, fala mal de jogadores e juiz, mas nem por isso deixa de ser feminina ou perde a sutileza” – ressalta ela, expressando orgulho do espaço conquistado.