Na contramão, Nova Hartz trata esgoto com raízes

Nova Hartz – Enquanto grandes cidades como Novo Hamburgo e São Leopoldo investem pesado na construção de estações de tratamento de esgoto, Nova Hartz serve de exemplo por contar com uma iniciativa de baixo custo. Desde 2006, o município aposta na construção de pequenas estações em pontos estratégicos. O primeiro local a receber uma destas estruturas foi a escola José Schmidt, no Arroio da Bica. No local, todos os dejetos dos banheiros, pias e da cozinha da escola são direcionados para a estação onde as raízes das plantas se encarregam de fazer o tratamento microbiológico.
Conforme o diretor presidente da Águas da Nascente, Mauro Pereira, autarquia que fará o gerenciamento da água em Nova Hartz, a proposta do governo de Arlem Tasso é mobilizar a comunidade e agendar mutirões para a construção de novas estações. “Um dos locais que receberá, em breve, uma destas estruturas é a Sociedade Ginástica, em Canudos. O local recebe cerca de 400 pessoas nos finais de semana”, destaca.
O diretor explica que o Estado e a Corsan tratam apenas 13% de todo o esgoto gerado, enquanto que o município projeta chegar aos 100% de tratamento em uma década. “Queremos incentivar os moradores a construírem pequenos jardins filtrantes, que possui um custo reduzido e não emite cheiro”, explica o gestor. Cerca de 300 famílias são beneficiadas com este sistema de tratamento por plantas. Um sistema como o de Novo Hamburgo sairia por R$ 30 milhões. 
ELE EXPLICA A SITUAÇÃO…
“O sistema que utiliza plantas como o junco, a bananeira, a cana da índia, o tabuão e o inhame possui uma taxa de tratamento de até 98%. Queremos até o final de 2013 ampliar para 20% o índice de tratamento. Este é um sistema de baixo custo.  Esta é uma prática comum em paízes como a Alemanha”.
Mauro Pereira,Diretor presidente da Águas da Nascente.