Museu de Sapiranga passa por transformação e melhora seu espaço

Foto: Bruno Morais

Criado diante do desejo da comunidade em estabelecer um lugar com a memória do município e que pudesse contar a história e trajetória da cidade, o museu de Sapiranga, inaugurado em 1996, passou por reformulações gerais. Desde a organização de objetos e documentos até a renovação estética, o local está de cara nova e pronto para receber os visitantes.

 

Desde o início do ano passado, algumas questões foram reformuladas no museu para que todas as questões referentes a visita e a contemplação de fatos e registros históricos de Sapiranga pudessem ser realizados da melhor forma possível. Daniel Gevehr, diretor do museu desde o início de 2021, conta que todas as mudanças que passaram a ser feitas no local visaram aprimorar o espaço para que todas as culturas que fizeram e ainda fazem parte da cidade tivessem seu espaço, possibilitando que todos conhecessem, de fato, cada parte de Sapiranga e tudo aquilo que construiu a história do município.

Localizado na Av. 20 de Setembro, nº 3670, bairro Centro, o espaço cultural mostra um pouco das tradições das tribos Caingangues e Guarani, assim como a cultura africana, alemã, portuguesa e de outros países que fizeram com que esta cidade pudesse ser da forma que é hoje.

Para contar a história do município, o espaço, agora, conta com nova exposição

Com doutorado em história e dois pós-doutorados, Daniel Gevehr é professor nas Faccat, além de ser o diretor do Museu Municipal Adolfo Evaldo Lindenmeyer, em Sapiranga. Contando, agora, com melhorias em todos os setores do museu, Daniel convida a todos a virem ao espaço. “Venha conhecer a nova exposição do museu. No último ano, ele passou por várias mudanças e eu gostaria muito de receber tua visita, para que tu conheça um pouco mais da história da nossa cidade, afinal, o nosso museu é um importante lugar de memórias”.

Um dos símbolos indígenas

O Museu Municipal Adolfo Evaldo Lindenmeyer é mantido pela Prefeitura e, para além disso, depende da comunidade para renovar e expor novos itens na sua coleção de memórias da cidade.

Recentemente, um dos objetos presentes no museu ganhou destaque na cidade após uma publicação feita pela prefeita Carina Nath em uma de suas redes sociais, uma urna funerária. O objeto faz parte dos itens que representam algumas tradições das tribos indígenas que participaram da construção cultural da nossa cidade.

A urna, nada mais é do que um caixão em formato que faz jus ao seu nome. Segundo as tradições indígenas, os mortos devem ser enterrados em posição fetal, simbolizando o retorno de onde viemos. Por este motivo, o objeto de barro é elaborado nesse formato.

Renovação do espaço e novos projetos; um novo significado ao museu

Atualmente, o museu conta com 4 funcionários que auxiliam no dia a dia do local e trabalham na manutenção de todos os itens expostos. Além de duas professoras cedidas pela Secretaria de Educação do município, uma assistente de museu e o diretor compõem o grupo que cuida do espaço.

Após algumas mudanças já realizadas, como a pintura externa do local, a renovação de todo o telhado e um trabalho de limpeza no acervo disponibilizado no museu, a expectativa é de renovação, também, nas atividades realizadas no local.

“Nós temos uma pauta cultural que queremos colocar em prática, de transformar o museu em um espaço cultural de atividades. Um dos projetos que estamos concorrendo a um edital é a criação de um evento que chamaremos de “Show e Luz”, onde queremos contar parte da história da cidade a partir de um espetáculo noturno”, comenta o diretor Daniel. Além desta medida, a colocação de mesas e cadeiras no museu também é uma das ideias a ser implementada no local para que, além de observar as obras e demais objetos presentes neste espaço, visitantes e historiadores possam analisar documentos e outros itens afim de estudar e conhecer um pouco mais afundo a história de Sapiranga.

Para conhecer o museu e toda sua exposição histórica de fotografias, documentos, itens e demais objetos que remetem ao passado de Sapiranga, o museu, neste início de ano, fica aberto de terça a sexta-feira, das 14 às 17 horas. A partir de março, o espaço volta a seu horário normal de funcionamento e estará aberto nestes dias das 8 às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. No primeiro e no terceiro sábado do mês, o museu também estará disponível para visitas das 9 às 12 horas.