Municípios registram falta de remédios nas farmácias

Em falta | Maior demanda são de remédios que devem ser fornecidos pelo Estado e estão em atraso nas farmácias

Região – Recentemente, usuários das farmácias municipais da região relataram dificuldades ao buscarem por remédios nesses espaços. Para esclarecer a questão, o Jornal Repercussão fez um levantamento da situação das farmácias dos quatro municípios.

Em Campo Bom, a farmácia está em dia com todo seu estoque – inclusive os controladores para dispensação – apenas porque a própria Prefeitura está aportando recursos para esse fim, uma vez que os repasses do Estado estão em atraso. Conforme a Assessoria da Administração de Campo Bom, o Estado recém pagou a competência de janeiro e o valor que a União repassa não é suficiente para cobrir o custo. A Prefeitura teve um custo total de R$ 1,2 milhão em medicamentos neste ano, desse valor, R$ 300 mil vieram da União.

O repasse do Estado, que seria de R$ 142.872,00, segue atrasado, o que coube à Administração custear.

De acordo com a secretária de Saúde de Campo Bom, Dorothea Thobe, “é triste ver como a União e principalmente o Estado não estão cumprindo com a parte que lhes compete no custeio Tripartite do SUS. Os municípios estão tendo que arcar com todas as despesas de um sistema assistencial à saúde da população que, com razão, cobra e exige seus direitos”.

Em Araricá, o principal problema é a falta do antibiótico cefalexina. “Sempre tem algo faltando, pois dependemos dos laboratórios e empresas para fazerem as entregas. Tentamos não deixar faltar, mas alguns itens atrasam por falta de matéria prima, como a cefalexina, que não se encontra em lugar nenhum. Já fui até nas farmácias particulares para tentar comprar e não consegui”, diz João Nilmar da Silveira, secretário de Saúde do município. “Mas faltas pontuais conseguimos resolver rapidamente, até buscamos os medicamentos em Porto Alegre e entregamos aos pacientes”.

Situação da farmácia de Nova Hartz

Em Nova Hartz, a secretária de Saúde, Franciane Domingos da Rocha, explica que a farmácia de atenção básica, que é de competência do município, está com estoque em dia. “O que falta são medicamentos que devem vir do Estado, como a sertralina, que é um remédio psiquiátrico, e a alenia, que é um remédio mais caro usado normalmente por pessoas de mais idade. Como estamos no inverno, essa situação é ainda mais grave, inclusive por não temos prazo para receber o remédio”. Janaina Baptista, farmacêutica do município, comenta que a falta de sertralina também é grave por acabar interrompendo o tratamento do paciente. “Ano passado, também tivemos problemas com as dietas, ficamos mais de três meses sem receber”.

Quer ler o restante desta notícia? Assine a edição impressa do Jornal Repercussão. Ligue para: (51) 3064-2664