Municípios alertam para baixo índice de vacinação contra a paralisia

Em Sapiranga, ainda é necessário vacinar mais de 30% do público-alvo da campanha Foto: Prefeitura de Sapiranga

Região – A Secretaria Estadual da Saúde (SES) prorrogou o prazo da campanha de vacinação contra a poliomielite. O motivo é a baixa cobertura vacinal, que até o último dia 29, a imunização havia atingido apenas 54,1% da meta no território gaúcho. Agora, a campanha seguirá nos postos de saúde até 21 de novembro. Nesta data, também será realizado um segundo Dia D de mobilização. A atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes até 15 anos também foi prorrogada.

Segundo a SES, apenas 98 dos 497 municípios gaúchos atingiram a meta, o que representa apenas 20% do total de cidades do Estado.

Na região do Vale do Sinos, de cobertura do Grupo Repercussão, os municípios também estão enfrentando dificuldades em conseguir mobilizar os pais e responsáveis para imunizar as crianças contra a paralisia infantil. Em Campo Bom, foram vacinadas 62% das crianças. Em Nova Hartz, foram 51,75%. Em Sapiranga, a porcentagem de imunização estava em 61,45%.
Os pais e responsáveis das crianças de até cinco anos devem procurar as unidades básicas de saúde dos seus municípios, que traçam horários e estratégias de vacinação.

Índice é de 61,45%

Em Sapiranga, a meta é de 95% e, na última atualização repassada pela Secretaria de Saúde, haviam sido imunizadas 61,45% das crianças do público-alvo. Com isso, a pasta está fazendo um chamamento à população. “A importância da vacinação vai muito além da prevenção individual. Ao se vacinar, você está ajudando toda a comunidade a diminuir os casos de determinada doença. Vacinas são substâncias que possuem como função estimular nosso corpo a produzir respostas imunológicas a fim de nos proteger contra determinada doença. E, quando tratamos de criança, devemos ter cuidado redobrado”, disse a secretaria, em nota.

“É um direito da criança”, alerta coordenadora

Em Nova Hartz, apenas 51,75% das crianças haviam sido imunizadas no último balanço feito na semana passada. É um índice muito abaixo do previsto e gera uma grande preocupação, conforme destacou o secretário de Saúde, Adrião da Silva. Tentando conscientizar os pais, a coordenadora da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e da Vigilância Epidemiológica, Helen Cavalheiro Antunes, ressalta que a vacina contra a paralisia infantil é um direito de todas as crianças. “Sabemos que ainda existe um tabu e preconceito, mas reforço que essa é uma vacina extremamente importante. Muitos pais acreditam que têm o direito de escolher vacinar seu filho, mas o certo é que a vacina é direito dele”, disse ela, chamando ainda a atenção para a questão da prevenção. “É uma vacina simples, gratuita, são apenas duas gotinhas. E essas duas gotinhas podem salvar vidas. Mais uma vez, peço a conscientização dos pais. A vida e saúde dos filhos precisa estar em primeiro lugar. Esse ano está muito difícil de atingir a meta”, reforça Helen. Os pais ou responsáveis podem procurar as unidades de saúde do município para imunizar as crianças.