Moradores de rua buscam locais como prédios abandonados para se abrigar

Os índices de pobreza vem aumentando, ano após ano, e chegaram aos incríveis 13,5 milhões de brasileiros. O número já é maior que as populações de países, como Bolívia, Bélgica e Portugal. A qualidade de vida destas pessoas é mísera, a rua e a insalubridade acabam se tornando seu lar.

Na região, está se tornando cada vez mais perceptível a presença de moradores de rua, que encontram auxílio nas Secretarias de Assistência Social dos municípios. Tanto em Campo Bom, quanto em Sapiranga, são realizados trabalhos de atendimento, auxílio, qualificação e acompanhamento.

Em Campo Bom, o Projeto Resgatando Vidas, do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), disponibiliza espaço de guarda de pertences, higiene pessoal, alimentação e provisão de documentação civil. Os moradores de rua também podem participar de oficinas sobre saúde, convivência, alfabetização e de geração de trabalho e renda.

Em Sapiranga, o atendimento é realizado pela Secretaria de Assistência Social (SAS), que oportuniza a “garantia das necessidades imediatas como higiene pessoal, roupas, cobertas e orientação aos serviços disponíveis através da comunidade, como refeição alimentar”.

Prédio abandonado é lar de alguns

Em Sapiranga, um dos lugares ocupados pelos moradores de rua é um prédio abandonado, localizado na rua Genuíno Sampaio.

De acordo com a SAS, o trabalho de retirada destes moradores é realizado de acordo com a vontade de cada um deles. “É desenvolvido um processo de saída das ruas, na medida do interesse e desejo do usuário, através da busca ativa dos familiares com a intenção de resgate de vínculos; bem como o acesso à rede de serviços, benefícios e programas assistenciais”.

Em nota a secretaria explicou: “a população de rua que não é do Município, apresenta características de sofrimento psíquico, ou são pessoas com vínculos fragilizados ou rompidos que buscam auxílio para retornar para cidade de origem ou local de trabalho.

Para a população de rua que tem familiares no Município, o atendimento visa identificar a família para retomar os vínculos e realizar as orientações e encaminhamentos para rede de serviços do Município.”