Missão de paz no Haiti teve auxílio sapiranguense

Serviço militar | Cabo sapiranguense participou de missão no país estrangeiro durante sete meses

Sapiranga – Manter o ambiente seguro e estável. Esse era o objetivo do cabo Lucas dos Santos de Oliveira, do 19º Batalhão de Infantaria Motorizada (BMTtz) de São Leopoldo, quando partiu para o Haiti, em novembro do ano passado. Sapiranguense de 21 anos, Lucas iniciou sua carreira em 2014, seguindo o exemplo e influência da família. “Minha vontade de servir no Batalhão vem da família do meu pai, que tem tradição nessa carreira. Então, eu tive influência dos meus tios”, explica o cabo. Com a tradição militar já instaurada na família, Lucas não teve problemas em conseguir o apoio dos parentes durante a missão no exterior – o que, segundo o militar, é algo muito positivo: para Lucas, o apoio da família é essencial para o cumprimento de uma missão.

“Apesar de já ter participado de uma missão no Rio antes, e da realidade carioca, por conta da violência, ser mais difícil de lidar, a viagem ao Haiti foi mais complicada, justamente por estar longe de tudo. É uma rotina, um convívio diferente e uma cultura completamente distinta. Ter o apoio da família é o principal fator para passar por isso. Passei muito tempo no telefone com eles, eu chegava das patrulhas e ligava para cá. Todo apoio e carinho da família é muito importante, porque o teu emocional fica abalado nessas situações”, considera o cabo. A missão ficou, no total, seis meses no Haiti, de 22 de novembro de 2015 a 25 de junho de 2016. A companhia de São Leopoldo enviou, ao todo, 132 militares ao país estrangeiro. “Muitos desses militares são daqui de Sapiranga mesmo”, o cabo Lucas faz questão de salientar.

A experiência no Haiti

– Lucas e o resto da companhia começaram atuando na Base General Bacellar, por três meses. “Também atuamos em Cité Soleil e Pétion-Ville”, comenta o cabo. “Nossa principal missão era manter a segurança durante o período de eleições no país. Porém, devido à própria instabilidade do Haiti, ela foi primeiramente adiada, depois acabou não ocorrendo. Primeiro deveria ter ocorrido em dezembro, depois adiaram para 2016, até que não houve eleição”, explica o cabo Lucas. A rotina no Haiti era cíclica, ele comenta. “Tínhamos um dia de serviço, um dia de descanso e depois um dia de patrulha.”

– “Um dos resultados que mais me deixou contente foi nosso trabalho em Cité Soleil. Em 2004, foi considerado um dos lugares mais perigosos do mundo. Chegamos a ter 60 dias lá sem que um tiro sequer fosse disparado, algo que ninguém tinha conseguido. Isso tudo por conta do trabalho social, tínhamos engenheiros que faziam limpezas nas ruas, distribuíamos água e alimento para a população”, considera o cabo.

Crédito da foto: Arquivo pessoal

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