Sapiranga – A paralisação de atividades em função da necessidade de isolamento para conter o avanço da pandemia da Covid-19 também afeta os esportes e ambientes em meio à natureza. Com o acesso fechado por uma cancela, o Morro Ferrabraz está sem receber turistas e pilotos de voo livre. Mesmo assim, há quem consiga ultrapassar esta barreira e acessar ilegalmente o espaço. De qualquer forma, conforme explica o presidente da Associação Gaúcha de Voo Livre (AGVL) – que administra a rampa e o acesso ao Ferrabraz –, Alex Trombini, com a interrupção do acesso, os casos de vandalismo, frequentes em períodos de normalidade, reduziram.
“Em paralelo à pandemia, contratamos uma empresa de segurança que faz o monitoramento. Temos hoje um cadeado embutido, numa forte estrutura de ferro. O que ainda há de acesso é quem sobe de moto, porque ainda tem como passar de moto pelo lado da cancela, ou quem sobe a pé. Relatos de pessoas subindo em horários que não pode, com a cancela fechada, é semanal. Vandalismo tivemos um episódio, de tirarem as nossas placas do topo, que o pessoal removeu e atirou rampa abaixo, simplesmente para vandalizar. Os casos continuam ocorrendo, mas de maneira mais esporádica”, afirma Alex.
“Todo final de semana tínhamos algum problema”
Fotos dos associados da AGVL registram resquícios de fogueiras e churrasqueiras próximas à rampa, o que pode danificar o equipamento dos pilotos. “Praticamente, todo final de semana de tempo bom tínhamos algum problema. Pessoal fazia fogueira na rampa, e é ruim porque abrimos nosso material que é sensível em cima daquilo ali, então fica carvão, enfim, óleo na rampa de estacionar lá em cima. Isso é o menor que acontecia. Normalmente, desmanchavam nossa estrutura para utilizar a madeira para fazer acampamento. Isso diminuiu bastante, principalmente pela restrição de acesso. Antes, tínhamos cerca de 650 visitantes por final de semana. Queremos aprimorar a nossa estrutura de câmeras no acesso do morro”, relata o presidente da AGVL.
Manutenção e reparações de vandalismos são bancadas com recursos da própria AGVL
Alex também detalha que, de modo geral, a manutenção do que acontece na rampa é arcado pela AGVL. “A rampa é privada, pertence a uma família, e alugamos, pagamos para usar o espaço. As pessoas pensam que é um espaço público, mas não é. Esses danos eventuais que acontecem, por estragar qualquer coisa que seja, são arcados pela AGVL, então gera uma despesa financeira. O município nos ajuda na questão do corte de grama e recolhimento de lixo. Somos responsáveis por limpar, juntar o lixo, já que as lixeiras são depredadas e o lixo é descartado no ambiente. Nossa arrecadação vem da anuidade dos cerca de 200 sócios da AGVL, que bancam tudo o que precisa ser feito”, diz.