Mesmo com Ferrabraz restrito, vandalismo segue ocorrendo

Cancela restringe passagem dos carros de visitantes, e pedras foram colocadas na lateral na tentativa de conter motociclistas e pedestres - Foto: Henrique Ternus

Sapiranga – A paralisação de atividades em função da necessidade de isolamento para conter o avanço da pandemia da Covid-19 também afeta os esportes e ambientes em meio à natureza. Com o acesso fechado por uma cancela, o Morro Ferrabraz está sem receber turistas e pilotos de voo livre. Mesmo assim, há quem consiga ultrapassar esta barreira e acessar ilegalmente o espaço. De qualquer forma, conforme explica o presidente da Associação Gaúcha de Voo Livre (AGVL) – que administra a rampa e o acesso ao Ferrabraz –, Alex Trombini, com a interrupção do acesso, os casos de vandalismo, frequentes em períodos de normalidade, reduziram.

“Em paralelo à pandemia, contratamos uma empresa de segurança que faz o monitoramento. Temos hoje um cadeado embutido, numa forte estrutura de ferro. O que ainda há de acesso é quem sobe de moto, porque ainda tem como passar de moto pelo lado da cancela, ou quem sobe a pé. Relatos de pessoas subindo em horários que não pode, com a cancela fechada, é semanal. Vandalismo tivemos um episódio, de tirarem as nossas placas do topo, que o pessoal removeu e atirou rampa abaixo, simplesmente para vandalizar. Os casos continuam ocorrendo, mas de maneira mais esporádica”, afirma Alex.

“Todo final de semana tínhamos algum problema”

Restos de uma fogueira em frente à rampa – Foto: Arquivo pessoal

Fotos dos associados da AGVL registram resquícios de fogueiras e churrasqueiras próximas à rampa, o que pode danificar o equipamento dos pilotos. “Praticamente, todo final de semana de tempo bom tínhamos algum problema. Pessoal fazia fogueira na rampa, e é ruim porque abrimos nosso material que é sensível em cima daquilo ali, então fica carvão, enfim, óleo na rampa de estacionar lá em cima. Isso é o menor que acontecia. Normalmente, desmanchavam nossa estrutura para utilizar a madeira para fazer acampamento. Isso diminuiu bastante, principalmente pela restrição de acesso. Antes, tínhamos cerca de 650 visitantes por final de semana. Queremos aprimorar a nossa estrutura de câmeras no acesso do morro”, relata o presidente da AGVL.

Manutenção e reparações de vandalismos são bancadas com recursos da própria AGVL

Alex também detalha que, de modo geral, a manutenção do que acontece na rampa é arcado pela AGVL. “A rampa é privada, pertence a uma família, e alugamos, pagamos para usar o espaço. As pessoas pensam que é um espaço público, mas não é. Esses danos eventuais que acontecem, por estragar qualquer coisa que seja, são arcados pela AGVL, então gera uma despesa financeira. O município nos ajuda na questão do corte de grama e recolhimento de lixo. Somos responsáveis por limpar, juntar o lixo, já que as lixeiras são depredadas e o lixo é descartado no ambiente. Nossa arrecadação vem da anuidade dos cerca de 200 sócios da AGVL, que bancam tudo o que precisa ser feito”, diz.