Meliponicultores de Sapiranga: produção de abelhas-sem-ferrão

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Sapiranga – As abelhas desempenham um papel crucial na polinização, essencial para a frutificação e reprodução das plantas. Segundo a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), as abelhas são responsáveis por quase 80% dos cultivos polinizados, sendo as principais agentes nesse processo.
No entanto, as abelhas enfrentam ameaças devido aos impactos negativos da atividade humana sobre o meio ambiente. Por isso, o trabalho dos meliponicultores se torna relevante, como no caso de Marcos Goncho, de 30 anos, que se dedica ao cultivo de abelhas-sem-ferrão, a meliponicultura, para a produção de mel, própolis e outros derivados. Além de contribuir para a imunidade e saúde, esses produtos também têm um impacto econômico significativo na Meliponário Gonchoroski, marca do produtor.

Marcos também atua na conscientização ambiental, com projetos para palestras em escolas para fortalecer o entendimento sobre a importância do cultivo e preservação das abelhas, principalmente das espécies sem ferrão.

O trabalho com abelhas-sem-ferrão proporciona não apenas bons produtos, mas também oportunidades para as pessoas se conectarem com a natureza, usando o contato com as abelhas como uma forma terapêutica para aliviar o estresse do dia a dia e promover uma maior conexão com o ambiente natural.
Marcos tem 11 espécies, mais de 100 caixas de abelha só na zona urbana.

Meliponicultura como hobby e propósito

Wesley Borba, de 23 anos, é responsável do Melipo Anário Borba, iniciou na meliponicultura faz pouco mais de um ano. Tem o cultivo como um hobby, atualmente cria seis espécies diferentes de abelhas-sem-ferrão e tem cerca de 35 caixas no pátio de sua casa. Ele diz que além de ser medicinal, o mel também traz diversos benefícios. “Capturar abelhas no meio urbano pode ser desafiador, já que elas enxameiam apenas uma ou duas vezes por ano, no máximo, e acabam tendo dificuldade em encontrar novas moradias. Por isso, enfatizamos a importância de criar iscas, conscientizar as pessoas e ajudar as abelhas”, afirma Wesley.

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