Melhor qualidade de vida reflete no mercado imobiliário

Campo Bom – 2017 foi um bom ano para o mercado imobiliário de Campo Bom. Segundo dados da Prefeitura, a arrecadação com IPTU superou a meta, que era de menos de 18 milhões, totalizando R$ 19.160.000,00. De acordo com a avaliação da Secretaria de Finanças do município, a alta na procura por imóveis na cidade é resultado da qualidade de vida, facilidade de acesso aos serviços públicos e segurança.

Atualmente, estão sendo realizados mutirões de regularização dos loteamentos populares irregulares no município. Conforme o setor de habitação, o loteamento Rio Branco está em processo de regularização e deve ser liberado no primeiro semestre deste ano. Para os novos empreendimentos, a pasta disse que tem aumentado a fiscalização e o acompanhamento.

Confirmando o movimento favorável no setor, Marcos Cambruzzi, da Orsi Imoveis, ressalta que a cidade é bem valorizada, o que reflete em lotes com valor expressivo, mesmo em loteamentos novos. “Projetamos para 2018 um aumento de 40% nas vendas em relação ao ano de 2017”, ressalta. Marlise Ruppenthal, da MR Imoveis, também avaliou 2017 como positivo, assim como Eduardo Gottlieb, da Imobiliária Brasil, que ainda aponta os espaços de lazer e infraestrutura como algumas das justificativas para os valores maiores.

Migração é realidade

Luísa Berger Guimarães, natural de Novo Hamburgo, morou por mais de 20 anos em Porto Alegre. Depois de graduada, retornou para NH em função do trabalho, mas não se adaptou. Foi então que em 2013, junto com o marido, Oscar Nos, optou em fixar residência em Campo Bom. Ano em que nasceu a filha do casal, Stella Guimarães Nos. “A cidade foi uma opção ótima. Queria morar em casa, mas Novo Hamburgo achava violenta e sem opção de lazer e cultura, foi quando decidimos vir para Campo Bom”, conta Luísa. “É super tranquilo para caminhar na rua, tem esse “q” de cidade de interior, todo mundo meio que se conhece, as pessoas são super solícitas, estilo de vida mais simples, acho que sai um pouco dessa correria”, pontua.

Imobiliárias avaliam

Eduardo Gottlieb, gerente comercial na Imobiliária Brasil
“O tipo de empreendimento mais procurado tem sido os apartamentos na planta, pelas facilidades de pagamento. Valores maiores em Campo Bom é devido a qualidade de vida, infraestrutura, bons espaços de lazer e os baixos índices de violência”.

Marlise Ruppenthal, proprietária da MR Imóveis
“Percebemos que a procura é bem diversificada entre casas e apartamentos. Tivemos um crescimento em 2017, com relação a 2016, em torno de 50%. Imóveis na planta sempre têm boa aceitação, principalmente por investidores e quem compra o primeiro imóvel”.

Marcos Cambruzzi, sócio e corretor na Orsi Imóveis
“Percebemos o aumento. Esse fato se deve principalmente ao investimento de grandes empresas da construção na cidade, que mantém seu mercado imobiliário aquecido. 2017 foi um ano de retomada da confiança e do poder de compra dos consumidores.”

Opções são diversas

As imobiliárias têm investido também na construção de casas para venda. “Hoje trabalhamos forte no processo de aquisição de terreno e construção. O cliente projeta junto com a arquiteta e recebe a casa pronta”, explica Cambruzzi, da Orsi Imóveis. Investidores têm buscado Campo Bom visando esse crescimento, como foi a construção do Centro Empresarial Florêncio Bibiano Trott, na Rua Voluntários da Pátria, 242, no Centro. A obra de 18 andares e mais de 6 mil m², iniciada em 2009, foi finalizada em 2015 e já conta com uma ocupação de mais de 50% de suas salas.