A implantação do programa nacional “Mais Médicos” no Brasil está completando 12 meses. O programa, que tem o objetivo de melhorar a infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, trouxe médicos cubanos para atuarem em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de municípios com maior vulnerabilidade social. Apesar de, durante a vinda dos cubanos para o Brasil o programa ter sido um dos mais criticados e polêmicos, ele foi muito bem aceito na região.
â€Os médicos cubanos estão empenhados em trabalhar em UBSs vinculadas com o Programa Estratégia da Saúde da Família (ESF), onde os profissionais devem, além de atender os pacientes nas unidades, realizar visitas nas casas daqueles que estão doentes e com dificuldade para se deslocar aos postos.
Sapiranga é o município com maior número de médicos cubanos: dois homens e três mulheres, distribuídos nos bairros Oeste, São Luiz, na Vila São Paulo e no Loteamento João Goulart. Araricá e Campo Bom contam com apenas uma médica em cada cidade. Já Nova Hartz possui duas médicas.
Para o secretário de Saúde de Campo Bom, Jerri Moraes, o município deveria receber mais profissionais, levando em conta a demanda da saúde. “Solicitamos quatro profissionais cubanos, mas só recebemos uma. O projeto tem se desenvolvido muito bem na cidade, mas mostraria ainda mais resultados se pudéssemos contar com mais médicos”, ressalta Jerri.
O secretário de Saúde de Nova Hartz, Sadi Stein, faz uma avaliação bastante positiva da presença das profissionais no município. “As médicas estão preparadas para atender a todos, são ótimas profissionais. Elas têm uma atenção de saúde comunitária preventiva com prática na medicina cubana, e mais do que atender, elas acolhem os pacientes”, fala Sadi.
Araricá recebeu a confirmação da chegada de mais um médico, porém, ainda não tem previsão do início dos trabalhos do profissional.
Bom trabalho
Segundo o coordenador geral da Estratégia da Família de Sapiranga, Jadiel da Rosa, os médicos cubanos têm uma boa aceitação pela população sapiranguense por realizar o atendimento de forma acolhedora e diferenciada. “A presença de cinco médicos cubanos em nosso município atualmente é um ponto positivo para a saúde. A próxima etapa do nosso trabalho será realizar a reorganização dos médicos em UBSs, de forma que possam atender os pacientes cada vez mais na casa deles, dando maior acesso dos mesmos à saúde”, explica Jadiel.
Plena satisfação
O prefeito de Araricá, Sergio Machado, diz estar plenamente satisfeito com o trabalho da médica cubana Alba, que é bastante requisitado. Na cidade foram solicitados mais dois profissionais para o programa, mas foi confirmado o recebimento de mais um, sem previsão de chegada. “Minha avaliação quanto à médica é muito positiva”, confessa Sergio.
Saúde bem organizada
Em Araricá atua a médica Alba Rosa Elizalde. A cubana diz que a saúde da cidade está bem organizada e tem melhorado com o tempo. “Meu trabalho está sendo bem aceito pelos usuários, o que é algo muito bom”, comenta Alba.
Médica em Campo Bom
Maria de Jesus Varona é a única médica cubana em Campo Bom e atua na cidade desde o final do ano passado. A médica é especialista em Medicina Geral Integral e, anteriormente, trabalhou na Venezula por cinco anos.
Estrutura existe
A médica Yuliett Peter Hernandez está há nove meses atuando na Vila São Paulo, bairro São Jacó, em Sapiranga, e diz que nunca recebeu críticas negativas. “Nosso trabalho tem sido positivo e temos a estrutura necessária para trabalhar bem”, diz Yuliett.
Ótima relação em Nova Hartz
A médica que trabalha em Nova Hartz, Camila Cabrera Canet, diz que a sua relação com os pacientes está sendo ótima. “Eu gosto muito do lugar e além do atendimento médico, os pacientes precisam de alguém para conversar e ajudar em seu problema”, explica Camila.
