Por Henrique Ternus Lamb
País – O médico oncologista Nelson Teich é o novo ministro da Saúde. O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento oficial na tarde desta quinta-feira (16) no Palácio do Planalto. Bolsonaro também confirmou a saída de Mandetta do cargo, após divergências entre eles em relação às medidas de isolamento para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Na manhã de hoje, o presidente Bolsonaro realizou reunião com o médico Nelson Teich, antes mesmo da demissão oficial do ex-ministro Mandetta. No pronunciamento, Bolsonaro afirmou que conversou com Teich sobre as medidas que devem ser tomadas a partir de agora para preservar a vida e enfatizou a necessidade de flexibilizar a volta dos empregos. De acordo com o presidente, o governo está preocupado com a vida dos brasileiros e até agora já gastou cerca de 600 bilhões de reais em medidas emergenciais de auxílio à população. Bolsonaro também criticou as atitudes de governadores e prefeitos e afirmou que medidas devem ser tomadas para impedir a expansão do vírus, sem que haja o cerceamento do direito de ir e vir de qualquer cidadão.
Teich é oncologista e empresário do setor de saúde. Ele também é formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com especialização em oncologia no Instituto Nacional de Câncer (Inca). Atuou como consulto informal na campanha eleitoral de Bolsonaro, em 2018, e na época chegou a ser cotado para o cargo de ministro. Ele também participou do governo, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, como assessor do secretário de Ciência, Tecnologia, e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna.
Em relação ao coronavírus, em artigos publicados recentemente na rede social LinkedIn, Nelson Teich defende o isolamento horizontal como a melhor medida para ser aplicada no momento. A estratégia é a mesma suportada pelo ex-ministro Mandetta.