Sapiranga – A ginecologista e obstetra Margit Schacker, bastante conhecida pela comunidade sapiranguense, já era médica quando engravidou da primeira filha, Victória, hoje com 20 anos. Ela ainda tem Bruno, de 17 anos. A profissão escolhida, da qual nunca conseguiu se afastar por muito tempo, lhe permite, segundo suas próprias palavras, reviver vários momentos maravilhosos da maternidade. “Vivo cada momento das minhas pacientes como se fossem minhas filhas, e isso me deixa cada dia mais realizada com cada uma delas”, destaca Margit.
A médica, quando a filha mais velha nasceu, estava terminando sua primeira especialidade clínica. Por isso, ficou afastada apenas dois meses após o nascimento. Com o segundo filho, o tempo em casa foi ainda menor, um mês. “Já estava trabalhando muito mais, não podia me afastar das atividades, já tinha muitas pacientes que estavam sob meus cuidados, e sempre me sinto responsável por elas”, salienta a Dra, exemplificando a realidade da classe médica, cuja profissão vai muito além do que um simples ofício, exige envolvimento e dedicação extrema às pessoas, aos pacientes.
Realidade da carreira médica e da maternidade
As obrigações como médica sempre foram de extrema importância para Margit, mesmo assim, sentiu bastante o afastamento dos filhos ainda pequenos. “O retorno ao trabalho sempre foi muito difícil. Tinha uma nova vida que dependia de mim. Mas minhas responsabilidades, inclusive de prover por este novo filho, também são essenciais. O trabalho faz parte da vida”, destaca a médica.
“Minha recompensa é que tenho filhos fortes, prontos para a vida e que de alguma forma me admiram, pois ambos estão seguindo meus passos. A minha profissão, que em muitas vezes me afastou deles, será a profissão deles também, por escolha e não por indução. Eles são meu orgulho, meu legado de vida”, define Margit, que descreve a maternidade como uma prova de que a vida é maravilhosa.
Texto: Sabrina Strack Fotografia: Arquivo pessoal