Manifesto cobra segurança e justiça em Sapiranga

Morador do bairro Amaral Ribeiro, Rudinei Delgado, 43 anos, era um entre as mais de 350 pessoas que participaram da manifestação no domingo (11) pedindo punição dos autores do latrocínio (roubo seguido de morte) da empresária Ivete Petry, 41 anos, na quinta-feira (8). Rudinei, que era amigo de Ivete, nunca foi vítima de violência (furto ou roubo). Mesmo assim, participou da carreata, que partiu da cena do crime, na Rua Oriente, passou pela Praça da Bandeira, no Centro, onde foi realizada uma oração em homenagem à Ivete, e da caminhada, que encerrou em frente do 32º Batalhão de Polícia Militar, na Av. João Corrêa. “Sou uma pessoa de sorte. Moro em Sapiranga desde os 14 anos e nunca tive nada roubado”, comenta o morador.
Com palavras de ordem como justiça, paz, segurança e o nome de Ivete, o desejo dos participantes da caminhada eram os mais diversos. Alguns criticavam os gastos com a Copa do Mundo de futebol e outros pediam postos avançados da Brigada Militar em bairros como o São Luiz e o Amaral Ribeiro. Até mesmo a Prefeitura de Sapiranga, que não determina a forma de atuação das polícias no município (visto que isso é responsabilidade do Estado), foi criticada pelos manifestantes.
Outra moradora do bairro Amaral Ribeiro que acompanhou a manifestação foi Nara Borges, 36 anos. Amiga e vizinha de Ivete, a sapiranguense diz que não tem queixas da atuação da Brigada Militar. “Sempre digo que os policiais militares são anjos de Deus que ajudam a nos proteger”, comenta. Há 20 dias atrás, Nara Borges teve sua loja de roupas assaltada.