Mamães artesãs mostram a sua criatividade na pintura em gesso

Sapiranga – Trabalhos manuais requerem destreza, técnica e muita habilidade. Foi através de uma amizade estabelecida com uma amiga, que a professora e artesã sapiranguense, Gizelda Costa, 56 anos, mãe da jovem, Camila Hartz, de 22 anos, aprendeu a técnica da pintura em gesso. “Uma das primeiras peças que pintei foi uma namoradeira – que é uma espécie de escultura”, recorda. Mas, o que era apenas um passatempo ganhou contornos mais audaciosos após uma sugestão de Camila. “Minha filha sugeriu que eu desenvolvesse algum projeto. Fiz alguns projetos de leitura na Biblioteca Municipal e surgiu a oportunidade de desenvolver algo relacionado ao artesanato. Posteriormente, pesquisei e descobri que Sapiranga não possuía nenhuma loja que venda artigos em gesso iguais os que eu e a minha prima (Denise da Cruz, 52 anos) produzimos”, comentou observando que ali estava uma boa oportunidade de empregar a técnica aprendida com a amiga.

Aproveitando o espaço da loja da filha no Centro de Sapiranga, surgiu a ideia entre as primas de comercializar as peças estilizadas no ambiente na área central. “Compramos as peças de gesso brutas, sem pintura, e estilizamos com tinta de artesanato entre outros métodos. Mas, conversando, surgiu a ideia de recebermos outras mulheres interessadas para participarem de cursos sobre a técnica da pintura em gesso. E a nossa primeira oficina ocorrerá na próxima quarta-feira (23)”.

Trabalhos manuais de pintura

Entre os itens pintados por Gizelda e por Denise estão símbolos do budismo, catolicismo (anjos e santos), além de peças que transmitem positividade, como a Lakshmi, deusa da prosperidade. “A Gizelda me ensinou a técnica da pintura em gesso. Hoje, além de vender algumas peças no escritório da Camila Hartz, temos algumas peças à venda na Capim Limão, e também vendemos pelo Facebook”, explica Denise da Cruz. Recentemente, as primas participaram da Feira do Dia das Mães, no Centro Evangélico, e no final de 2017, da Feira de Natal. “Sempre estamos incrementando e queremos levar a nossa técnica para outros municípios”, cita Denise.

Maternidade

As coincidências entre as primas não param apenas na paixão pela técnica: além disso, ambas são professoras e tiveram um(a) filho(a). “Morávamos uma do lado da outra. Criar os filhos é a experiência mais linda que uma mulher pode ter. Agora, sofremos da síndrome do ninho vazio”, brinca Denise.

Fotografia: Deivis Luz