Maioria das vagas para PCDs não são preenchidas nas cidades da região

Números | Tendência é estadual. No Rio Grande do Sul, 35,76% das vagas para pessoas com deficiência ficam ociosas

Região – Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de julho de 2016 e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2015, mais de 30% das vagas exclusivas para Pessoas com Deficiência não são preenchidas. Em Porto Alegre, esse índice é de 34,88%.

Esse fenômeno não ocorre por falta de trabalhadores, mas é devido às exigências das próprias empresas, conforme explica Ana Maria Machado da Costa, auditora fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no RS (SRTE/RS). “No último Censo realizado, 23,92% dos brasileiros declararam possuir pelo menos um tipo de deficiência, entretanto esse contingente corresponde a menos de 0,8 dos trabalhadores com vínculo formal de emprego no país. Inúmeros trabalhadores procuram o Ministério do Trabalho por que não conseguem emprego. As empresas querem um perfil de trabalhador muito excludente, que aceita apenas pessoas com deficiência leve”.

A realidade na região

No Rio Grande do Sul, ao todo, são 35,76% das vagas que não são preenchidas. Na região, o cenário se confirma: na agência do Sine de Campo Bom, de janeiro a setembro deste ano, foram encaminhadas 44 vagas do tipo, e apenas dois trabalhadores foram inseridos no mercado. Na agência do Sine de Sapiranga, que atende também Araricá e Nova Hartz (pois esses municípios não contam com agências próprias do Sine), no mesmo período, foram encaminhadas 32 vagas e quatro trabalhadores conseguiram o emprego. Os números contam vagas atualizadas até 23 de setembro.

Crédito da foto: Divulgação

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