Maioria das escolas estaduais da região não aderem à greve e funcionam normalmente

Horário normal | Mesmo com salários parcelados, profissionais trabalham

Região – Em todo o Rio Grande do Sul – e no país, em estados como Rio de Janeiro e São Paulo -, escolas estaduais vêm sendo ocupadas, em um sinal de protesto, por estudantes. Entre as várias reivindicações e motivações para as ocupações, se destacam a oposição ao Projeto de Lei 44/2016, que propõe privatizar as escolas estaduais. No Rio Grande do Sul, as reivindicações na área da Educação são ainda maiores, visto que muitos professores continuam tendo seus salários parcelados. O Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS-Sindicato), que convocou greve geral da categoria, por tempo indeterminado em 13 de maio, manifestou seu apoio às ocupações.

Na região, a maioria das escolas funciona normalmente, com a exceção do Instituto Estadual de Educação de Sapiranga: 13 de seus professores aderiram à greve. Na sexta-feira (20), alunos do seu Grêmio Estudantil promoveram uma ocupação da escola.

Grevistas e a demanda

– Com 13 professores a menos, o Instituto Estadual de Educação de Sapiranga (IEES) vai adaptando sua programação de aulas e, de vez em quando, liberando os alunos mais cedo.

- A única outra instituição da região que tem um profissional que aderiu à greve é a Escola Estadual de Ensino Médio Fernando Ferrari, em Campo Bom. Nas demais escolas, os professores resolveram seguir trabalhando normalmente.

– Além do pagamento integral dos salários, o CPERS também elencou as seguintes demandas: calendário de implantação do Piso Nacional que está defasado em 69,44%, reajuste imediato de 13,01% (2015) mais 11,36% (2016), repasse efetivo das verbas públicas para a manutenção das escolas e da merenda escolar, entre outros.

Alunos ocupam escola em Sapiranga

Organizado pelo Grêmio Estudantil da instituição, o Ocupa IEES ocorreu das 21h de sexta-feira (20) até a noite do sábado (21), em uma manifestação de apoio dos alunos às causas da educação. Lair Danieli Tavares, de 17 anos, aluna do 3º ano do Magistério e presidente do Grêmio Estudantil, informou que a ideia é realizar novas ocupações. “Somos contra a PL 44, que quer privatizar as nossas escolas de ensino médio. O Ocupa IEES também é motivado pelo descaso do Governo Sartori com a educação, pelas condições precárias em que as escolas se encontram, pelos R$ 0,30 de repasse por aluno que é enviado para alimentação nas escolas – ninguém come para 30 centavos.”, explicou a presidente do Grêmio.

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