Luciano Orsi prospecta um rodeio popular e familiar de resgate da cultura gaúcha

Campo Bom – Teve início na quinta-feira, 28, o 41º Rodeio Nacional de Campo Bom, evento que movimenta a cidade durante o mês de março e que este ano, até o dia 10, deve fazer cerca de 50 mil pessoas passarem pelo Parque do Trabalhador.

Com programação extensa de shows, bailes, apresentações artísticas e campeiras o evento este ano está sendo organizado em conjunto pela Prefeitura e CTG’s do município (Campo Verde, Guapos, Palanques e M’Bororé). O prefeito, Luciano Orsi, conversou, com exclusividade com o Repercussão e expôs a expectativa para o evento, assim como revelou pontos importantes que serão novidades para esta edição do Rodeio. “As perspectivas são muito boas. Boa procura pelos lotes do acampamento e dos passaportes de ingressos, que instituímos este ano. Estão bem interessantes para quem gosta de prestigiar bastante. As atrações também, bem dentro de quem realmente gosta da questão da cultura e música gaúcha”, pontua o prefeito.

Jornal Repercussão – O rodeio este ano está com um formato diferente de anos anteriores, assim como os ingressos, com preços populares. O que motivou a administração a se envolver?

Luciano Orsi – Com um rodeio 100% gaúcho, este é um ano importante, mudamos o formato do rodeio. O município passou a ter a gestão da estruturação, com exceção da parte campeira, que continua com o CTG Campo Verde. Mas ingressos, estacionamentos, aluguel de espaços para o comércio, shows, tudo está com o município. Achamos que é importante dar essa atenção maior ao cidadão. Tentar fazer com que o público aumente. Por isso também que reduzimos bastante o preço. Expectativa é atrair 50 mil pessoas, mas queremos superar este número. Os ingressos são populares. Já ouvi a gurizada dizendo que este ano irão nos bailes! Ano passado, realmente, ficou pesado. Então a gente fez os pacotes e também reduziu bastante os preços.

Jornal Repercussão – Como é organizado o envolvimento e participação dos quatro CTGs do município na organização do rodeio, prefeito? Todos se envolvem de alguma forma?

Luciano Orsi – Há uma divisão. O Campo Verde faz a campeira. O M’Bororé faz a parte artística voltada aos shows, acampamento e bailes. O Palanques cuida da parte dos jogos. E o Guapos faz a parte artística do rodeio, de provas do rodeio, intérprete, vocal, chula. Todos se envolvem e tem alguma fonte de arrecadação dentro dessas atividades. A ideia é dividir para que todos possam participar, ajudar na organização e ter um retorno para a entidade.

Jornal Repercussão – E prefeito, sobre a reivindicação antiga dos demais CTGs em possuírem também um espaço próprio dentro do parque, como o Campo Verde. Há novidades?

Luciano Orsi – Sim! Vamos comunicar a entrega simbólica de uns lotes para os demais CTGs. Todos terão um espaço. Iremos demarcar áreas para que cada um faça uma sede lá no parque.

Jornal Repercussão – E a segurança, uma área que todos se preocupam em eventos grandes como o rodeio, como será organizada?

Luciano Orsi – Este ano fizemos uma parceria com a Brigada Militar, que irá atuar também dentro do parque, juntamente com a segurança privada. Fizemos um convênio com a Consepro e BM. O município irá repassar o valor de R$80 mil para compra de uma viatura. Gostaríamos de fazer a entrega da viatura no rodeio. Se não for física, será simbólica. É um convênio diferente, que vai resultar em uma melhoria que vai se estender para toda a comunidade, não apenas no rodeio.

Jornal Repercussão – Mais de R$100 mil em prêmios prefeito, de que forma as premiações estão sendo viabilizadas?

Luciano Orsi – O município vai fazer um repasse para as premiações, aluguel de gado, segurança, e outros itens importantes. Porque o custo do rodeio é um custo alto. O CTG cobra inscrição para participar, mas isso não é suficiente. Valor repassado será de cerca de R$285 mil, entre premiações e custos.

Jornal Repercussão – O que o senhor destacaria como os pontos altos deste rodeio?

Luciano Orsi – Além das provas campeiras, com os tiros de laço e gineteada, esse ano também teremos o acampamento voltando pro rodeio e os shows. Todos os dias a noite vai ter show, vários deles serão gratuitos, alguns vão ser R$10,00, mas muitos serão gratuitos. E no dia 8, dia da mulher, vai ser liberada a entrada para as mulheres no parque. O show também será em homenagem às mulheres, com Daniel Torres. Ponto alto é trabalhar a cultura gaúcha, tanto com as músicas, acampamento, festival e na parte campeira, bem forte. O Rodeio vai ser popular, com um ambiente saudável. Convido as famílias à participem e acompanharem a nossa cultura.

Saiba quem são os jurados do Acampamento e Acampamentinho da Canção Nativa

Silvio Aymone Genro

Natural de Uruguaiana. Poeta, compositor, escritor e artista plástico. Professor de Estudos Sociais com Licenciatura Plena em História. Mais de 40 anos de participações no movimento cultural nativista do Sul do Brasil. Compositor premiado em diversos Festivais Nativistas do Rio Grande do Sul foi vencedor em 15 eventos do gênero, entre eles a “Calhandra de Ouro” na 25ª e 40ª Califórnia da Canção Nativa em Uruguaiana. Como poeta, tem participado de vários concursos de poesia, sendo premiado em várias edições desses eventos.

João Fontoura

Autor, compositor, com 7 CDs gravados, com letras de sua autoria, dois livros de poesia, Depois da Última Porteira, 1994, e Caminhantes, 2018. Atualmente é locutor executivo na rádio Central FM de Santiago – RS. Em 2016 foi diretor do Museu Oswaldo Aranha de Alegrete – RS. Professor da Rede Estadual no Estado do Paraná. Ensino fundamental, e médio de História, Filosofia, Sociologia e Ensino Religioso e a APEED – (2014-2015)

Roberto Borges

Músico, compositor, intérprete e arranjador, natural de Santa Vitória do Palmar. Na linha de sua formação musical, estão as influências da cultura musical folclórica do Uruguai, Argentina e do Brasil. Músico profissional desde 1998. Melodista e arranjador premiado, foi vencedor de festivais como a Coxilha Nativista de Cruz Alta e a Sapecada da Canção de Lages, Reponte da Canção, Um Canto Para o Martin Fierro entre outros.

Miguel Marques

Cantor Nativista premiado em muitos festivais do Rio Grande do Sul com 40 anos de carreira, possui 17 discos lançados no mercado fonográfico do Rio Grande do Sul.

Sabani Felipe de Souza

Natural de Bento Gonçalves, residente em Santa Maria, músico, compositor, instrumentista, arranjador e produtor musical. Participante ativo do movimento nativista há 35 anos.

Texto: Sabrina Strack

Fotos: Divulgação