Lápides e túmulos históricos acendem alerta no MP que aciona Nova Hartz

Foto: Henrique Ternus

Nova Hartz – Um inquérito civil do Ministério Público (MP) de Sapiranga cobra providências e um plano de recuperação por parte da Prefeitura de Nova Hartz de 140 lápides no Cemitério de Campo Vicente. Nos artefatos em pedras rústicas, constam os nomes dos primeiros imigrantes alemães que chegaram na, então, Picada Hartz, viveram na comunidade de Campo Vicente e foram sepultados em túmulos do cemitério local.

 

O acompanhamento do MP iniciou a partir do recebimento da notícia da destruição de lápides no cemitério histórico de Campo Vicente. Após algumas audiências de instrução entre a promotoria, membros da Prefeitura e do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Nova Hartz (Compac), ficou estabelecido a necessidade de um levantamento técnico, que foi desenvolvido por uma equipe da Universidade Feevale, posteriormente anexada ao inquérito civil.

 

Conselho do Patrimônio cobra plano de trabalho

– O procurador de Nova Hartz comenta que entregou ao MP, em Sapiranga, um relatório completo de tudo o que feito e levantado sobre as lápides e túmulos. “Recentemente, ele pediu uma atualização dessa condição e uma programação do município para conservação e manutenção do cemitério. Mas, em virtude da pandemia e da necessidade de aprofundar o debate com o Conselho, solicitei uma prorrogação de prazo para a apresentação de novas conclusões”, explicou o advogado, Alexandre Felipe. Alexandre Felipe da Luz Ferreira, disse ainda que o imóvel onde está o cemitério não consta na lista de bens de propriedade da Prefeitura Municipal. “Não temos conhecimento, ao certo, a quem ele é ligado. Não existe registro sendo do município”, cita.

– A presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Nova Hartz (Compac), Aline Forster, explicou que o conselho já orientou o Município para que faça a sua parte. “Compete a Prefeitura executar as intervenções necessárias no local. Repassamos as orientações e, agora, cabe ao município seguir o que o MP está recomentando, investir pessoal e finanças para manter o que ainda resta preservado”, avalia.

Caso está exposto

O advogado do município esclarece que o inquérito do MP recebeu publicidade e a recomendação foi apresentada em reunião com os secretários municipais das áreas afins, com o objetivo de dar cumprimento às recomendações. “É prematuro dizer que se ocorrer o restauro das lápides o cemitério se tornará ponto turístico. Isso é inocência. Mas, em um contexto geral, pode ter sentido”, avalia Aline Forster.