Isenção de pedágio volta à pauta com criação da EGR

Campo Bom – Encontrar uma nova forma de gerenciar as rodovias que contavam com pedágios comunitários (caso da RS-239), foi um dos argumentos sustentados pelo governo estadual para a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).  
Na ótica do governo, a transferência da parte gerencial e de infraestrutura do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para a EGR permitirá que, ao invés dos recursos arrecadados pelas praças de pedágio irem para o caixa único do Estado, agora, eles irão para a nova estatal, conforme sustenta o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto. “Os R$ 41 milhões arrecadados pelas praças comunitárias, garantiram a manutenção e a ampliação das rodovias, caso da RS-239, onde ocorrem obras de duplicação”, destaca.
Enquanto o governo se preocupa na formatação da nova estatal, lideranças campo-bonenses levantam, novamente, o debate sobre a isenção para veículos emplacados em Campo Bom. Entre as lideranças que defendem o debate está o deputado estadual e ex-prefeito campo-bonense, Giovani Feltes. “Sem dúvida, esta questão merece um tratamento especial. Os veículos deveriam ser credenciados para ganhar a isenção, como é caso dos moradores de Portão em relação ao pedágio da RS-240”, destaca. O deputado estadual, João Fischer (Fixinha, do PP), entende que é necessário devolver o poder aos Coredes.
Entretanto, a isenção do pedágio para veículos emplacados em Campo Bom parece não seduzir o governo Tarso Genro. Questionado pela reportagem do Repercussão, o presidente da EGR foi categórico. “Não temos ainda nenhuma posição sobre este assunto”, conta.
Para tentar acelerar o debate deste e de outros temas, um pedido de au diência pública está sendo articulado pelas lideranças campo-bonenses. Não há uma data para o encontro ocorrer, mas a intenção é realizá-la ainda no primeiro semestre.  
ELE EXPLICA A SITUAÇÃO – “Somos defensores da retirada da praça de pedágio de Campo Bom. A sua manutenção tem gerado um custo alto em virtude do volume de veículos que transitam por Campo Bom para fugirem do pagamento, isso sem contar as empresas que relutam em se instalar na cidade. A isenção resolve o problema, mas não ameniza nosso prejuízo. Recebemos pouco mais de R$ 2 mil mensais em ISSQN por conta do pedágio, em compensação rodam aproximadamente 20 mil veículos por dia que usam nossas ruas para fugir dele. Esse valor não paga nem o tapa buraco das ruas.”
Faisal Karam (PMDB), prefeito de Campo Bom.