Inércia do Estado causa prejuízo em Nova Hartz

O dinheiro público do contribuinte do município está sendo gasto mês a mês pela Prefeitura, por inércia e lentidão da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam), órgão do governo do Estado. Desde 2013, a Prefeitura e a Secretaria de Habitação e Meio Ambiente aguardam a Licença de Operação (LO) do novo aterro sanitário, que servirá para destinar os rejeitos que não podem ser reciclados ou reaproveitados para a compostagem.
A lentidão do governo estadual, indiretamente, gerou prejuízo superior a 226 mil reais em 2013 aos cofres do município. O dinheiro, que poderia estar sendo utilizado para melhorar a condição de ruas, escolas e a saúde dos moradores, acaba sendo pago à empresa Onze Construtora e Urbanizadora Ltda (que também recolhe e destina o lixo em Araricá).
Estatísticas da Secretaria de Habitação e Meio Ambiente de Nova Hartz revelam que em 2013 houve um aumento no volume de resíduos recolhidos por dia no município. Em 2008, este volume não passava de oito toneladas. Agora, de acordo com novo levantamento da Prefeitura, este volume chega a 13 toneladas por dia: um total de 260 toneladas de resíduos por mês.
Do total recolhido diariamente, apenas 30% é reciclado e 70% é rejeito que acaba sendo transportado até o aterro sanitário de São Leopoldo, distante a cerca de 50 quilômetros do município.
A assessoria de imprensa da Fepam diz que a Prefeitura protocolou pedido de licença de operação no mês de junho e este processo ainda está em análise. Não há prazo de quando o espaço poderá receber os rejeitos do município.