Incentivo para o crescimento da piscicultura sapiranguense

Meta da Secretaria de Agricultura é subsidiar até 50% das compras de alevinos dos produtores de pescado do município

Em Sapiranga, o crescimento da piscicultura pode ser conferido a olhos vistos. Os produtores que trabalham o cultivo de peixes no município recebem apoio e promoção da Prefeitura há anos, com primeiramente a Feira do Peixe, que em 2017 chegou a sua 9ª edição no município, além de poderem fazer suas encomendas de alevinos através da Secretaria de Agricultura. E a aposta da Administração na piscicultura municipal vai continuar.

“Reestruturamos a Feira do Peixe, como uma forma de incentivo, incentivamos os produtores a criar uma associação – porque em forma de associação eles se fortalecem. Quando eles trabalham de forma individual é mais difícil, no momento que une as forças, facilita o trabalho. Então criaram a Associação dos Piscicultores, que hoje é uma realidade na nossa cidade”, valoriza o secretário de Agricultura de Sapiranga, Valdes Cavalheiro de Araújo.

”Na questão dos alevinos, hoje ainda há só uma intermediação da parte do município, nós não damos subsídios para compra de alevinos, apenas fazemos a intermediação, porque o produtor tinha uma dificuldade com o fornecedor. O fornecedor é de fora, pois não temos fornecedor de alevinos na cidade. E ele não fornecia em pequenas quantidades, pensava, ‘não vou a Sapiranga levar 50 alevinos, preciso no mínimo mil’ e o pequeno produtor não queria mil, ele só queria 50”, diz o secretário.

Alevinos e a Feira

“Então começamos a fazer essa intermediação, aí vamos atender quem pede 50 e quem pede mil. Iniciamos esse apoio à piscicultura porque sempre a vimos como uma possibilidade de aumentar a renda do produtor”, considera Valdes.

Com a ampliação da Festa do Peixe, foi possível oferecer o pescado de várias formas: vivo, com possibilidade de abater o peixe na Feira, resfriado ou congelado. “O piscicultor traz o peixe vivo para o Parque, vende o peixe vivo ou faz o abate para o consumidor que quer escolher mas não quer abater em casa”, explica Valdes.

Programa de incentivo ao piscicultor sapiranguense foi aprovado

Para aumentar o incentivo à piscicultura no município e também valorizar os produtores rurais sapiranguenses, a Secretaria de Agricultura encaminhou um projeto, para a Câmara de Vereadores, que dá conta de um programa de incentivo aos piscicultores da cidade – quem se enquadrar como produtor de pescado, de acordo com as exigências da lei, poderá ganhar até 50% de subsídio nas suas compras de alevinos. “O produtor rural que se enquadrar no que a lei vai pedir como piscicultor, vai ter direito a subsídios de até 50% na aquisição dos alevinos. Assim, a gente pode investir um pouco mais nesse produto, que é o peixe. A partir da aprovação dessa lei, aquele produtor que realmente é piscicultor, não o que tem açude e cria peixe para consumo próprio, mas o que é piscicultor e se enquadrar nas exigências da lei, vai poder ter até 50% de subsídios na aquisição de alevinos e vai ter também uma prioridade na solicitação de máquinas para trabalhar na sua propriedade, seja na limpeza do açude, na preparação da taipa ou na organização dos tanques para criar os peixes. Então, esse programa de subsídio ao piscicultor vem pra melhorar ainda mais aquilo que já está bom no nosso município, para somar ao que já temos investido”, comenta o secretário.

O projeto foi votado na Câmara de Vereadores de Sapiranga na segunda-feira, dia 10 de julho, e foi aprovado, apesar de um pequeno debate, sobre um item estabelecido na lei – de que para participar da feira o piscicultor teria de produzir, no mínimo, 300 kg de peixe. Apesar de ter sido proposta uma emenda para alterar de 300 para 200 kg a quantidade mínima de produção, a proposta foi rejeitada e o projeto foi aprovado de acordo com seu texto original.

Venda de peixes na Feira é valorizada

Para abater o peixe na sua propriedade, o produtor tem o acompanhamento de profissionais da Prefeitura Municipal de Sapiranga. “Ele pode abater o peixe na propriedade dele, com o acompanhamento das nossas veterinárias, para que seja feito da forma correta, legal. Ou, o produtor pode resfriar o peixe da forma correta e trazer ele resfriado ou congelado para o Parque e vender, assim como o produtor também pode fazer o filé e vender – isso tudo durante a Feira do Peixe. Não temos hoje ainda uma organização pra fazer isso o ano todo e vender. Mas, durante a Feira a gente organiza, legaliza as estruturas e faz uma feira completa, que aumentou consideravelmente a venda do pescado”, esclarece o secretário.

A Feira deste ano ocorreu durante três dias, no Parque do Imigrante, e teve venda de peixes como carpas (capim, húngaras, prateadas, cabeça grande e tilápias ).