Inaugurada Casa Abrigo Regional Jacobina Maurer em Sapiranga

Refúgio | Casa irá atender mulheres de diversos municípios da região

Região – Nesta quarta-feira, dia 22 de junho, foi inaugurada a Casa Abrigo Regional Jacobina Maurer. A Casa Abrigo irá atender mulheres vítimas de violência doméstica nas cidades de Sapiranga, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul e Esteio. Como o endereço da casa é sigiloso para garantir a proteção das pessoas abrigadas, a cerimônia ocorreu no Centro Municipal de Cultura Lucio Fleck, às 9 horas, com a participação de autoridades e representantes dos municípios participantes da iniciativa.

A Casa Abrigo Regional poderá receber até 20 pessoas, incluindo mulheres e crianças, que serão encaminhadas para atendimento pelos seus respectivos municípios. Cada município terá direito a cinco vagas. Segundo a responsável pela Coordenadoria da Mulher de Sapiranga, Maria Isabel do Carmo, os municípios atendidos pela Casa contribuirão com a manutenção do local por meio do pagamento mensal acordado pelo convênio.

Violência contra a mulher vem aumentando em Sapiranga

Maria Isabel do Carmo, responsável pela Coordenadoria da Mulher de Sapiranga, comenta que o número de mulheres que a Coordenadoria atende por mês vem aumentando. “Nunca tivemos tantos homens sendo presos por Maria da Penha como agora”, considera. Ela conta que, em média, passam pela Coordenadoria 50 mulheres por mês – contra uma média de 20 mulheres por mês contabilizada em fevereiro do ano passado. “A frequência de casos varia, tem dias que atendemos apenas uma mulher, tem dias que são seis mulheres. Mas são nos finais de semana que temos mais incidências: acontece muito do marido ou companheiro, sair, beber e, na volta, agredir a mulher”.

Quando o assunto é a causa para as agressões, a coordenadora conta que, no passado, falava-se muito em drogas e bebidas. “Agora, isso mudou. Atualmente, a questão tem sido mais cultural. A maioria dos casos tem a ver com machismo, com o homem não aceitando o divórcio ou separação do casal. Tem a ver com a educação e a cultura da pessoa. Vemos também que muitos não acreditam que a lei funciona, mas aqui, ainda bem, ela funciona”, avalia Maria Isabel.

Sobre a previsão de inauguração da Casa Abrigo – que era para 2015 -, a coordenadora cita vários fatores para o atraso. “Dependíamos de repasses de verbas do governo federal, e também tivemos algumas cidades que desistiram do pré-contrato, assim, toda a documentação foi refeita”.

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