Hospital Sapiranga sente reflexos de restrição imposta por Canoas nos atendimentos de traumatologia

Região – Esta semana, a Secretaria de Saúde de Canoas (responsável pelo gerenciamento do Hospital de Pronto Socorro daquele município) emitiu comunicado aos municípios da região sobre a suspensão, por 48 horas, do recebimento de pacientes do Vale do Sinos e região na área de alta complexidade de traumatologia e neurologia. A medida drástica atinge em cheio os municípios da área de abrangência do Repercussão (Araricá, Campo Bom, Nova Hartz e Sapiranga).

Desta forma, pacientes que precisam de intervenções cirúrgicas como fratura de fêmur, coluna e bacia precisam aguardar. Informação revelada pela direção do Hospital Sapiranga (veja box ao lado) exemplifica que há casos de pacientes que esperam por até 40 dias para serem transferidos para Canoas. “Com isso, esse paciente que acaba hospitalizado aqui, ocupa um leito que poderia ser utilizado por outro cidadão que necessita dos nossos serviços”, explica Elita Herrmann.

A Secretaria de Saúde de Canoas confirma a restrição e disse que o impacto incide sobre casos não graves. Situações graves ou de risco de morte são atendidos normalmente.

Veja abaixo o recado despachado por Canoas
Fonte: Documento obtido pelo Repercussão e sua veracidade comprovada com a assessoria da Prefeitura de Canoas.

 

 

 

 

 

Hospital Sapiranga

A diretora do Hospital Sapiranga, Elita Herrmann, confirma a existência da dificuldade e vai além. “A restrição dos atendimentos no HPS de Canoas é muito impactante para o Hospital de Sapiranga e para a comunidade da região. Canoas é referência na alta complexidade, principalmente em traumatologia e neurologia, o que tem causado muitos transtornos e uma demora muito longa na transferência desses pacientes. Toda semana temos casos de pacientes hospitalizados aguardando pela central de leitos de Canoas e dependendo dos casos, o tempo de espera chega a ser de 30 à 40 dias. É muito desgastante para nossa equipe administrar essa angústia dos pacientes e familiares que aguardam por uma vaga. Infelizmente ficamos de mãos atadas, pois na maioria dos casos não há o que fazer, pois não temos como intervir”, explica Elita Herrmann.

dIREÇÃO DO INOVA COMENTA

Em contato com o novo gestor do Hospital Lauro Reus, Rogério Dias Pereira, o presidente informou que não possui conhecimento dessa problemática. “Não fomos oficialmente comunicados, e teremos que fazer uma avaliação com o corpo técnico. Vamos verificar quais fatos aqui, no Lauro Reus, poderiam vir a precisar desse tipo de serviço, mas vou verificar com o corpo clínico”, disse o presidente do Inova.

Veja abaixo o documento completo