Guia Volta às Aulas: Ano letivo nas escolas municipais de Campo Bom inicia na segunda-feira

Nos anos de 2020 e 2021, em função da Covid-19, as aulas nas escolas da rede municipal de ensino sofreram muitas mudanças em Campo Bom. Depois desse longo período, a expectativa é que o ano letivo de 2022 transcorra dentro da normalidade. Com esse propósito, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação e Cultura (Smec), mesmo com todos os cuidados que a variante Ômicron recomenda, está preparada para a volta às aulas, na segunda-feira, 14 de fevereiro.

Entre Educação Infantil e Ensino Fundamental, a rede municipal tem quase 10 mil alunos matriculados nas suas 43 escolas e cinco centros educacionais. O retorno às aulas se dará normalmente, sem exigência de comprovante vacinal dos alunos, mas será realizado um trabalho de conscientização e incentivo aos pais para que imunizem seus filhos.

As equipes diretivas voltaram às escolas na sexta-feira, 4 de fevereiro. Os professores retornam na quarta, dia 9, e nos dias 10 e 11 estarão em reuniões nas próprias escolas. As Emeis Guilhermina Blos e Estrelinha Azul, com suas obras concluídas, também iniciarão as aulas normalmente. A Emei Chapeuzinho Vermelho continua em obras e, por esse motivo, terá parte dos alunos atendidos na sede do Bairro 25 de Julho e alguns níveis da escola serão atendidos em outra instituição.

O prefeito Luciano Orsi destaca a importância que sua gestão dá para a educação. “Investimos nos profissionais da área, investimos nos espaços físicos e em equipamentos e tecnologia e, mesmo com a pandemia, conseguimos manter a qualidade no ensino. Em 2020, nos reinventamos para que nossos alunos tivessem o melhor aproveitamento possível com o ensino remoto. No ano passado, conseguimos, no segundo semestre, voltar às aulas presenciais e buscamos os melhores meios de recuperar alguns conteúdos prejudicados pelo distanciamento. Agora, em 2022, estamos prontos para receber os estudantes nas escolas, desde o início do ano. Também buscamos acelerar a vacinação das crianças para sua maior segurança e tranquilidade dos pais”, explica o prefeito.

A secretária de Educação e Cultura, Simone Schneider, também ressalta o cuidado e zelo da Administração Municipal em todas as áreas, mas muito especialmente com a sua pasta. “A pandemia atrapalhou, é verdade, mas nem por isso deixamos de investir e cuidar da educação de nossas crianças e adolescentes. Assim, depois de dois anos atípicos, é grande a expectativa de toda a comunidade escolar por essa retomada. Ainda não é aquela normalidade que todos desejamos, pois a pandemia não acabou, mas podermos iniciar o ano letivo com aulas presenciais é algo que nos alegra muito”, diz a secretária de Educação e Cultura, Simone Schneider.

Recuperação de aprendizagem e projeto AlfabetizAÇÃO

Atenta às novas demandas impostas pela pandemia, a Secretaria de Educação e Cultura elaborou planos de recuperação de aprendizagem e o projeto AlfabetizAÇÃO, para sanar eventuais perdas educacionais causadas pelo ensino remoto e diagnosticadas nas avaliações realizadas. A partir da retomada das aulas presenciais, as diretrizes passaram a ser aplicadas no ensino híbrido e ganharam força com a volta total dos alunos às escolas.
“Constatamos a necessidade de criação desses planos para que os alunos não sejam prejudicados no processo de aprendizagem. A partir disso, nossa equipe não mediu esforços, já que os estudantes representam o futuro da cidade”, afirma o prefeito Luciano Orsi. A secretária Simone Schneider aponta o envolvimento de toda a comunidade escolar nesse processo. “Entendemos que o sucesso escolar de cada aluno é responsabilidade de todos, portanto foi muito significativo ver o envolvimento de professores, escolas e Smec na construção dos planos”, diz.

As ações constituem duas propostas diferentes. Os planos de recuperação foram criados após diagnóstico das habilidades desenvolvidas e as lacunas deixadas no processo de aprendizagem dos alunos do município durante o ensino remoto. O trabalho de elaboração das estratégias envolveu, além da Secretaria, a equipe diretiva e os professores das escolas. Entre as ações propostas, a fim de recuperar e fortalecer o processo de aprendizagem, estão a ampliação de atendimentos de reforço no contraturno escolar para alunos do 3º ao 9º ano, especialmente em Língua Portuguesa e Matemática, e o fortalecimento da interação entre a escola e a família, de forma que sejam identificadas as dificuldades individuais de cada aluno. Também foram disponibilizados acessos a duas plataformas digitais de leitura, Elefante Letrado (Pré 2 ao 5º ano) e Árvore (anos finais do Ensino Fundamental), e à plataforma Google Workspace, que amplia o uso de recursos para a elaboração de atividades on e off-line.

Já o projeto AlfabetizAÇÃO é dedicado exclusivamente aos alunos mais novos e ao processo de aquisição de habilidades de leitura e escrita. O projeto Despertar, criado em 2017, já promovia esforços nesse sentido, mas foi constatada a necessidade de reformulação do programa, agora chamado AlfabetizAÇÃO. Assim, alunos não alfabetizados do 3º ao 5º ano recebem atendimentos no contraturno escolar, a fim de sanar as dificuldades de aprendizagem, levando em conta os aspectos cognitivos e as questões socioemocionais.