Grupos de apoio podem ajudar a parar de fumar

Região – A luta diária para parar de fumar é realidade para muitos no Brasil. Em uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatística (IBGE) no ano passado, revelou que a capital gaúcha é a maior cidade brasileira com adolescentes (10 a 19 anos) fumantes.
O fumo causa no Sistema Nervoso Central, num primeiro momento, a elevação leve no humor e diminuição da apetite. O que parece prazeroso no início, causa dependência e vício.
Com o intuito de ajudar dependendentes do tabaco a parar de fumar, um grupo de apoio, com profissionais da saúde, começou os trabalhos na semana passada em Sapiranga. Segundo a enfermeira Marise Thum Franzen, para cuidar da saúde é preciso, essencialmente, evitar vícios, adotando hábitos saudáveis de alimentação e atividades físicas.
Doenças decorrentes
>O consumo de cigarro causa cerca de 50 tipos de doenças, principalmente as cardiovasculares (infarto e angina), o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite).
>A convivência com um fumante aumenta o risco de doenças cardíacas coronarianas de 25% a 30%.
>De acordo com a Organização Mundial da Saúde, três milhões de fumantes morrem por ano no mundo de doenças relacionadas com o cigarro.
>Apesar do número de fumantes ser alto, houve uma diminuição em 20% dos fumantes brasileiros entre os anos de 2006 e 2012.
Sapiranga nas quartas-feiras
No primeiro encontro do grupo anti-tabagismo, semana passada, houve 10 participantes. Os primeiros quatro encontros ocorrerão nas quartas-feiras, no Centro de Assistência Psicossocial (CAPS), às 15h30. O trabalho está sendo realizado pela Secretaria de Saúde, no qual os participantes são acompanhados por uma equipe com enfermeiro, psicólogo, psiquiatra, técnico de enfermagem e farmacêutico.
Nova Hartz previsto para setembro
Começaram a ser montados os grupos de participantes nos bairros, e que segundo a Secretaria de Saúde, está previsto para o mês de setembro o início dos encontros. A quantidade necessária de grupos e de profissionais nos núcleos estará sendo definido até que se inicie os trabalhos dos grupos, já que depende da quantidade de interessados e inscritos.
Araricá não tem desde novembro de 2013
No município havia um grupo de apoio anti-tabagismo mantido pelo Ministério da Saúde até novembro do ano passado. Porém, o Estado parou de repassar os medicamentos e não foi mais possível manter o grupo. A prefeitura não possui recursos próprios para aquisição dos insumos, mas mantém contato com o Ministério, tentando conseguir os medicamentos para retomar o trabalho na cidade.
Campo Bom na UBS Santa Lúcia
Na cidade, a ajuda é encontrada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Lúcia. Atualmente há 11 participantes do grupo de apoio anti-tabagismo. “Para um paciente combater o tabagismo sozinho é difícil e acabam não tendo muita confiança em si. O grupo ouve, orienta e dá auxílio para os fumantes, trazendo bons resultados”, garante a enfermeira responsável, Queila de Oliveira.