Gestação e parto em meio à pandemia: meses de alegrias e desafios

Campo Bom – Na véspera do Natal de 2019, Teisiane Maria Lermen Blos, ao lado do marido Renan Maurício Orsi Blos, de Campo Bom, descobriu a gestação. “Naquela semana já havia feito alguns testes de farmácia e haviam dado negativo, mas como iríamos sair de férias, resolvi fazer o exame de sangue para ter certeza se realmente não estava. E, para nossa maior alegria, os testes de farmácia estavam errados e o exame de sangue deu positivo”. Os primeiros meses foram de alegria, porém, Teisiane não imaginava que pouco mais à frente, iniciaria a pandemia do coronavírus, que já se estende por mais de um ano. “Quando tudo começou, era um misto de medo e incertezas em relação a gravidez e ao covid, pois não haviam estudos de como era para uma gestante ser infectada e se aconteceria algo com o bebê”. Logo, ela achou que a situação seria por um curto período, até o nascimento do garotinho Eduardo. “Mas com o passar dos meses, fomos vendo que não seria tão cedo. Estávamos vivendo uma fase tão maravilhosa, uma felicidade ver nosso bebê crescendo em meu ventre, queríamos tanto poder ter dividido essa fase com pessoas que amamos, mas, infelizmente, fomos privados e muitos só me viram grávida por fotos”. Também haviam as privações do pai participar de consultas obstétricas e exames para ver como estava o bebê. “Tinha medo de estar sozinha se caso houvesse algo de ruim e, além do medo de chegar na hora do parto e estar sozinha por conta das restrições”. Teisiane entrou em trabalho de parto em casa, às 17h40, e com a ajuda do médico por telefone e da doula em casa, foi para o hospital às 22h. “Tentei evitar ao máximo o tempo de trabalho de parto no hospital, em razão de ter medo de ser infectada lá. Eduardo nasceu à 1h29, de parto normal. O momento do nascimento é realmente algo indescritível, é a maior felicidade que já senti, não tem como explicar”.

Período de muitas alegrias e novas descobertas com o Edu

Durante a gestação, Teisiane refletiu muito sobre não poder receber visitas. “De não ter família e amigos para assistir o Eduardo na ‘janela de vidro’ do hospital, como era de costume. Algumas vezes quando pensava sobre isso, ficava bem triste, mas no final vi com outros olhos e tiramos esse momento de felicidade só para nós, e foi maravilhoso”, disse ela, hoje mãe do Edu, com oito meses. “Esses primeiros meses como mãe foi um período de muitas alegrias e de muitas descobertas. Minha vida mudou muito, alguns valores também mudaram.
Sempre tínhamos finais de semana com muitos compromissos com amigos e família, agora freamos e estamos curtindo mais a nossa família. Também diminui o ritmo no trabalho e estou trabalhando somente a tarde, e assim consigo passar mais tempo ao lado dele”, conta ela.
Teisiane está ansiosa para comemorar seu primeiro Dia das Mães. “Meu primeiro dia das mães com ele nos braços, acredito que será um dia para refletir sobre tudo que já aprendi com ele, nos momentos maravilhosos que ele me proporciona todos os dias. Estou ansiosa para viver mais esse dia especial ao lado do meu filho. Estou amando ser mamãe. Descobri um amor que jamais imaginaria que sentiria”.