Gasolina, diesel, etanol e GNV: o que usar para abastecer nos dias de hoje

O sobe e desce no valor do combustível é algo que preocupa não só nos vales do Sinos e Paranhana, mas também em todo o país. Com a incerteza de encher o tanque com a gasolina comum/aditivada ou esperar para ver se o preço diminui, muitos motoristas ficam na dúvida sobre o que fazer em situações como essa, agravadas com a guerra entre a Rússia e Ucrânia, preço do petróleo em alta e mudanças econômicas no cenário interno.

 

Apesar de outras alternativas, como o diesel, o etanol e até o próprio Gás Natural Veicular (GNV), a gasolina é a opção de combustível mais procurada na região, sendo a comum, aditivada e a premium as mais comercializadas.

No Posto Chafariz, o cenário é mantido com a forma “preferida” de abastecer o automóvel. Apesar disso, o proprietário da rede, Gilvan Skonetzky, conta que o fator determinante não é simplesmente o custo-benefício. “Hoje não se diferencia muito em rentabilidade porque tem que ‘ganhar’ no volume. Em função do preço estar muito alto, a concorrência vai subindo, descendo e é muito acirrado. Gasolina de forma geral sai mais. A venda de diesel representa bastante também”, disse o proprietário.

No Chafariz, conforme explica Gilvan, a ordem de combustíveis solicitados é: Gasolinas 66%; Diesel 27%; Etanol 1,5%; GNV 5,5%. A opção GNV só é disponível na filial de Gravataí.

Consolidação do álcool depende de “uma política mais clara”, comenta Gilvan

Uma das opções que poderia se consolidar como alternativa neste momento de oscilações é o álcool, mas isso não ocorre. Na visão de Gilvan Skonetzky, o motivo pelo qual isso não acontece é a falta de um interesse público e de mercado para essa variante do combustível. “Eu acho que falta uma política mais clara. Acho que uma abertura de mercado para deixar empresas explorarem esse mercado e também começar a vender o etanol, acho que iria aumentar a oferta, esse seria o ponto-chave”, explicou.

Entresafras mudam os valores

Ainda em relação ao álcool como opção nos momentos de alta da gasolina, o proprietário dos postos Chafariz comenta que, mesmo sem essa consolidação entre os combustíveis, o álcool não deixará de ser utilizado. “Eu acho que não vai cair em desuso, porque 27% da gasolina que vendemos no Brasil ela contém etanol. “Sempre vai ter uma representatividade”.

Uma das questões que implica, também, na fraca busca pelo álcool na hora de abastecer o veículo são as temporadas de produção, que implicam no preço. “O problema do etanol é a sazonalidade. Agora, estamos em baixa, o preço do etanol, hoje, ele até está ficando interessante porque tem a produção. Daqui a pouco vem a entressafra e o preço dele vai subir”.

Preço na região

Em comparação entre os vales do Sinos e Paranhana, o momento da gasolina, principal alternativa para abastecimento, é de queda nos preços. Tanto em Sapiranga, no Posto Chafariz, quanto em Igrejinha, a porcentagem indica uma queda importante nos valores, que chega a uma redução de até R$ 0,40 desde o início de junho junto aos postos.

O que surpreende, no entanto, é a alta do diesel, que chega a ter um valor maior do que a gasolina em alguns locais. Gilvan Skonetzky, proprietário do Posto Chafariz, admite a surpresa em ver o valor do diesel, em especial, quando comparado à gasolina comum. “Estou há 36 anos aqui e nunca tinha visto isso, mas hoje o diesel é mais caro que a gasolina. Esse é o ruim da história”.