Frotas municipais também são afetadas pela alta nos combustíveis

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Região-  Desde o início de 2021, uma vilã tem assombrado a economia e, por consequência, a rotina do brasileiro: a alta dos combustíveis. Já foram mais de 10 aumentos expressivos e a elevação do preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 74% e a do diesel, de 65%, neste ano. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo – ANP, até o final de novembro, o preço médio (média nacional) do litro de gasolina chegou a R$ 6,56 e o do diesel a R$ 5,21.

Esses aumentos atingem a economia como um todo, por causa do reflexo dos transportes, o que encarece alimentos e outros itens essenciais. O cidadão sente isso imediatamente no orçamento, o que acontece também com o serviço público.
Prefeituras também estão sendo impactadas por estes aumentos já que os orçamentos programados ficam defasados mediante tanta variação. As frotas são peças fundamentais para o funcionamento municipal, elas estão nos caminhões de infraestrutura, ambulâncias, transporte escolar e demais veículos.
Cada município tem tomado medidas para tentar diminuir os impactos do aumento, como redução de trajetos, negociação com empresas de abastecimento, e otimização dos deslocamentos através de cronogramas. No entanto, como a grande maioria dos serviços prestados não pode parar, a realidade é que o aumento dos custos nos últimos meses foi inevitável. Ao lado reunimos alguns dados.

 

Informações sobre as frotas

– A Prefeitura de Parobé possui uma frota de 74 veículos que consomem uma média mensal de cerca de 18 mil litros de combustível, entre gasolina e diesel, totalizando cerca de 90 mil reais para abastecer a frota mensalmente.
– Também no Vale do Paranhana, Igrejinha conta com uma frota de 100 veículos, sendo 40 automóveis, 15 ônibus, 30 caminhões, 7 ambulâncias, 8 caminhonetes. A média mensal de consumo é 10 mil litros de gasolina e 40 mil litros de diesel.
– Rolante, que tem a população ocupando a cidade de maneira esparsa, possui uma frota de 74 veículos, sendo 3 alugados. No mês de outubro, foram consumidos 39.324 litros de combustível.
– Campo Bom administra uma frota de 128 veículos sendo eles 11 máquinas, 84 veículos leves e 33 veículos pesados. Medidas para redução de custos vêm sendo tomadas como a parceria com a empresa Ticket Log, que visa economia de até 4,7% em abastecimento. A demanda teve um leve crescimento na medida em que as atividades foram voltando à normalidade. Em agosto, o consumo foi de 9.430 litros de diesel e 6.402 de gasolina e, em outubro, foram 9.711 de diesel e 7.038 litros de gasolina. O que não foi leve, foi a diferença em valores já que a litragem em agosto chegou a R$ 4,45 para o diesel e R$ 6,49 para gasolina e, em outubro, os valores passaram para R$ 4,99 e R$ 6,70, respectivamente.

Parâmetro dos aumentos (médias entre as cidades)

GASOLINA

em 23/03/2020 – R$ 4,17
em 04/01/2021 – R$ 3,93
em 17/11/2021 – R$ 6,03

DIESEL
em 23/03/2020 – R$ 2,87
em 04/01/2021 – R$ 3,22
em 17/11/2021 – R$ 4,51