Foss avalia o quadrimestre na sua volta à Prefeitura

Ao trabalho | Flávio Foss, de Araricá, destaca encaminhamentos dos primeiros meses da sua nova gestão

Jornal Repercussão – Você iniciou toda a concepção e encaminhamentos para implantar o sistema de abastecimento de água no Município. Até hoje, os arariquenses não possuem água encanada em suas residências. O que será feito para solucionar este grave problema?
Flávio Foss – Em 2012, quando encerrou meu mandato na Prefeitura, deixei o projeto pronto, o recurso empenhado e a licitação pronta, mas as empresas impugnaram o processo. Isso foi resolvido em fevereiro de 2013 e a obra teve início naquele período. Em quatro anos a obra andou 28%. A meta até o fim de 2017 é concluir os outros 72%. É possível dar andamento à obra por frentes distintas (ligações da rede de energia elétrica, rede de adução, rede de distribuição e as ligações prediais) simultaneamente. Temos mais de uma equipe trabalhando atualmente no Município.

Jornal Repercussão – No início de 2017 a Prefeitura deu ênfase na reestruturação das escolas existentes. Mas, o Município possui três novas escolas em construção. Qual o estágio atual destas ações?
Flávio Foss – Em 2012, aconteceu o empenho pelo Ministério da Educação dos recursos para a construção destas três escolas (duas de ensino fundamental e uma de educação infantil). As obras estão 30% concluídas, mas percebemos que o ritmo está devagar. Por isso, notificamos a empresa. Quero as escolas prontas até 2017. A meta é estabelecer o turno integral até o 8º ano em 2018. Sobre o andamento das construções, a mais adiantada é a de quatro salas na localidade de Porto Palmeira (junto à Escola Sementinha). Para ampliar a estrutura junto às escolas existentes, estou
encaminhando para o Ministério da Educação projetos para contarmos com duas quadras poliesportivas e mais três escolas novas (uma EMEI e duas EMEFs de 1ª a 8ª ano).

Jornal Repercussão – As famílias arariquenses têm encontrado dificuldades em buscar emprego e gerar renda para suas famílias. De que forma o Município pode ajudar neste aspecto?
Flávio Foss – Recentemente, tivemos a instalação de um atelier de costura, que gerou 30 empregos, em um pavilhão em frente da Escola Estadual José Antônio de Oliveira Neto. Temos em negociação a instalação de uma fábrica/atacado de bicicletas que gerarão outros 20 empregos. É uma empresa média que possui dois atacados (em Novo Hamburgo e Taquara). Este empreendedor irá construir um novo pavilhão e a meta dele é iniciar a produção das bicicletas até o fim de 2017.
Temos a Facas Crioula que está prestes a ampliar sua produção. Cederemos uma área para este empreendedor. Este empresário está com duas máquinas enormes tapadas com lona, aguardando o novo prédio ficar pronto. A meta dele é exportar facas.
Ainda temos outras duas empresas com planos de expansão: uma que faz cordão e gorgorão para o ramo calçadista e outra indústria do ramo químico. Essa também gera bastante mão de obra. Há também interesse de um empresário de construir um pavilhão de 3.500 metros quadrados em frente da Usina de Reciclagem. Este empreendimento receberá resíduos industriais para o correto tratamento e destinação.
Em um segundo momento, projetaremos um distrito industrial em uma área às margens da RS-239 e que fica próximo da Metalsinos.

Jornal Repercussão – A área da saúde possui constantes reclamações. O que o prefeito modificou e pediu para a sua secretária de Saúde resolver nesta área?
Flávio Foss – Retomamos o controle desta área. Providenciamos uma compra de medicamentos e os itens ainda estão chegando. Fizemos um novo convênio com o Hospital São Francisco de Assis, em Parobé. No final de 2016, Araricá tinha convênio com o Hospital Sapiranga. De julho em diante, com a escassez de recursos, a Prefeitura não conseguiu continuar pagando o Hospital Sapiranga. Aí, o Hospital restringiu um pouco o atendimento. Parobé começou a atender nós por livre e espontânea vontade. As pessoas batiam lá na porta e eles iam atendendo. Moralmente, não tínhamos como assumir o Município e não fazermos o convênio com eles. Eles vinham atendendo de graça. Mês que vem, vamos fazer um convênio com Sapiranga, que é referência em traumatologia e tem UTI. Parobé tem maternidade bastante extensa, que Sapiranga não tem, e Parobé tem convênio com o Hospital Fêmina, de Porto Alegre, nos casos de gestação de risco. Tem que ter essa prevenção nas gestações de risco. Recentemente, cedi o ecógrafo de Araricá para o Hospital de Parobé. Para manter o aparelho aqui, gastaríamos cerca de R$ 20 mil mensais. Contar com esse aparelho exige um profissional, químico e isso custa muito caro. Agora, tenho ecografia ilimitada, tomografia, raio-x, internação ilimitada e cirurgias ilimitadas. Na área da traumatologia a nossa referência é Sapiranga.
Além disso, ampliamos o convênio e o investimento na contratação de profissionais da área médica e de saúde. A administração anterior investia cerca de R$ 87 mil/mês. Eu gasto R$ 120 mil/mês. Temos clínico, 7 dias por semana, pediatra duas vezes por semana, ginecologista, psiquiatra, psicólogo e contratamos um novo dentista para atender os trabalhadores após as 18 horas.

Jornal Repercussão – Recentemente, o prefeito anunciou a obtenção de recursos através do deputado federal Renato Molling, para asfaltamento. O que será feito?
Flávio Foss – A Rua Martin Raschke será asfaltada, ainda em 2017, com recursos obtidos junto ao deputado Renato Molling. A Rua Quadrangular e duas transversais entrarão no mesmo pacote.

Jornal Repercussão – Em 2016, a Administração anterior iniciou o projeto de asfaltamento da Rua Oriani. Ela será concluída?
Fávio Foss – Para a Rua Oriani (conhecida como Rua do Mercado Lara) não tinha dinheiro para pagar. Dessa rua só foi concluída a base e não foi pago. Vou dar uma segurada.
Do asfalto da avenida principal só foi pago a metade e isso precisamos quitar nos próximos meses.

Jornal Repercussão – A segunda etapa do asfaltamento da Rua Serraria Ferrabraz é outra situação delicada. Há uma escola a poucos metros de onde passa esgoto a céu aberto…
Flávio Foss – Protocolei um projeto em Brasília para concluir o asfaltamento desse trecho. Na realidade, protocolei um conjunto de ruas que totalizam R$ 5 milhões.

Jornal Repercussão – Os problemas no setor de iluminação pública estão nítidos em todo o Município. Há diversos pontos no escuro. O que será feito nesta área?
Flávio Foss – Vamos contratar uma empresa. Tenho dois eletricistas concursados e a meta é locar um veículo.

Jornal Repercussão – A Usina de Reciclagem recebe todo o lixo dos moradores. A FEPAM, recentemente, exigiu a regularização de diversos aspectos do local. O que o prefeito pretende fazer neste aspecto?
Flávio Foss – Por duas oportunidades, em 2016, o Município deixou de informar a FEPAM sobre a qualidade da água em dois poços de monitoramento da Usina de Reciclagem. A vala para receber os rejeitos está danificada e vamos providenciar os ajustes. Todo o ambiente do local será qualificado, por isso, estou contratando uma empresa de Sapiranga (referência na área ambiental) para restruturar toda a nossa Usina de Reciclagem.