Fiscalização e Vigilância Sanitária interditam estabelecimentos em Sapiranga

Sapiranga – Três estabelecimentos comerciais (uma fábrica de rapadura, uma de sorvete e outra de produtos de limpeza) foram interditados pela Prefeitura nesta quinta-feira (7). A Secretaria do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho e a Vigilância Sanitária receberam denúncias de que nos locais havia uma série de irregularidades e que operavam fora das exigências legais. Quatro fiscais atuaram na operação que ocorreu na Rua Caxias do Sul, bairro Centenário. A Brigada Militar também contribuiu na operação.
Durante a fiscalização na fábrica de rapadura foi constatado que uma menor de idade foi deixada pela mãe supervisionando os trabalhos de outros dois funcionários (um deles, também menor). No local, a Vigilância Sanitária constatou que as condições de armazenamento, de manipulação e de estocagem eram extremamente precárias. Em todos os quatro ambientes a falta de higiene era visível. Mofo nas paredes, poeira sobre os sacos de matérias-primas e uma série de utensílios de cozinha estavam sujos e expostos as bactérias.
O segundo local que a fiscalização lacrou foi uma sorveteria (na mesma rua). Houve certa resistência dos trabalhadores que, ao avistarem os carros da Prefeitura chegando ao local, fecharam as portas da indústria. Quando os fiscais entraram no ambiente, novamente, uma série de irregularidades. Em um dos espaços, uma funcionária secava um biscoito com cobertura de chocolate com um secador, igual aos utilizados em salões de beleza. Embalagens de chocolate vencido, potes para armazenar sorvetes jogados no chão e fiação elétrica exposta foram outras anormalidades detectadas.
No terceiro local visitado (e ao lado da indústria de sorvetes) foi constatado que ali eram envazados produtos para limpeza doméstica. Uma das químicas utilizadas pelo funcionário para a fabricação dos produtos, é inclusive, considerado uma droga.
Todos os locais foram lacrados e interditados pela Prefeitura. A fábrica de rapaduras estava com o alvará vencido desde 2006. Os proprietários terão 15 dias para se adequar e as três indústrias devem, obrigatoriamente, ficar fechadas.