FIRJAN detalha gestão das prefeituras

Levantamento | Sapiranga apresenta bom desempenho e Araricá nem aparece na lista.
Seis itens foram avaliados

Região – Estudo divulgado neste mês pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) mostra que o ajuste das contas públicas é o grande desafio para milhares de prefeitos do Brasil. A nova versão do Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF) – ano base 2016 – revela onde os atuais gestores precisam gerenciar de forma mais adequada a gestão pública.

Enquanto o estudo mostra uma recuperação e melhora dos números de Sapiranga (saltou da posição 215ª em Gestão Fiscal, em 2015, para 27ª em 2016), por outro lado, revela que Campo Bom perdeu posições no mesmo índice. Em 2015, o município campo-bonense ocupava a 21ª no Estado no Índice de Gestão Fiscal. No estudo que levou em consideração o ano base de 2016, a Administração caiu para o 112º lugar no Estado.

A Prefeitura de Sapiranga valorizou o quadro favorável (inclusive destacando-se com o melhor índice de cidades com mais de 50 mil habitantes do Vale do Sinos), mas reiterou que a Administração possui ressalvas quanto à metodologia utilizada para o levantamento dos dados da FIRJAN.

Prefeito projeta melhora

Para o prefeito Luciano Orsi, a ideia é melhorar ainda mais este números. Para tanto, foram destinados mais de R$ 1,5 milhão pela Administração Municipal em um pacote de investimentos para atrair novas empresas e fortalecer empreendimentos da cidade. Fazem parte deste investimento o programa Campo Bom para Empresas, uma iniciativa que conta com um pacote de investimento de mais de R$ 1.000.000,00 em recursos próprios que serão liberados para incentivo e atração de empresas.
Soma-se ainda o investimento de aproximadamente R$ 400.000,00 do programa Campo Bom Para Negócios, que pode atender até 49 empresas do segmento industrial da cidade e há a estimativa de que possibilite a manutenção de 2.500 empregos diretos e indiretos além da geração de 150 novos postos de trabalho.

Secretário de Administração de Nova Hartz avalia desempenho e projeta quitação de restos a pagar

O secretário de Administração da Prefeitura de Nova Hartz, Leonel Schaefer, avalia que o desempenho obtido no levantamento da FIRJAN reafirma a dependência do Município com as transferências de recursos federais, emendas e de ministérios. “A nossa receita própria gira em torno do pagamento do IPTU, taxas de recolhimento, fiscalização e dos tributos da indústria e comércio”, avalia Leonel. No aspecto do gasto com pessoal, o secretário admitiu que o gasto está alto, levando em consideração a receita corrente líquida. “Nossa receita vem decaindo devido à crise, e o gasto com pessoal se mantém estável, pois a base dos servidores é concursada. Por mais que tenhamos reduzido o número de CCs, a máquina depende dos servidores concursados”, comenta.

No item Investimento, o secretário faz outra análise. “Para alguns gestores, utilizar a receita é investimento, para outros é gastar a receita. Aqui, vinha sendo gasto a receita do município e não investido. Várias áreas defasadas. Isso que reduzimos contratos, valores e conseguimos ampliar os serviços prestados à comunidade. Está excelente ao nível de valor mesmo”, pondera Leonel. Por fim, o secretário avaliou o item Liquidez. “Essa situação é crítica mesmo. Assumimos com 252 credores e mais de R$ 3 milhões em restos a pagar. Pagamos R$ 1,8 milhão e até o início de 2018, pagaremos todos os restos a pagar que ficaram para trás”, projeta.

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