Filtro biológico diminui poluição do meio ambiente

Quem possui práticas ambientais diferenciadas demonstra a preocupação com o meio ambiente. “O ser humano precisa pensar no futuro e saber que os recursos são limitados”, lembra o biólogo Alex Trombini, que no início de 2013 construiu um filtro biológico, que purifica toda a água que é utilizada em sua residência, de forma que ela volte para o meio ambiente sem causar poluição.
A água utilizada nos seus dois banheiros e na cozinha passa por um filtro comum, existente na maioria das casas, onde os resíduos sólidos e as gorduras são removidos. Através de um cano, essa água é levada até o filtro biológico, um processo indispensável no sistema.
O filtro biológico consiste em uma espécie de lago com aproximadamente 20 cm de profundidade, contendo plantas da espécie helicônia, taboa, copo de leite e junco. No lago, a água passa por um processo de “serpenteamento”, que ao chegar na sua última fase está purificada, e é devolvida ao meio ambiente.
Este tipo de filtro existe há mais de 100 anos, e apesar de ser uma prática raramente utilizada no Brasil, é muito comum na Europa. “É possível construir um filtro com dois ou três metros, as pessoas não o fazem  por comodismo e porque não querem”, disse Alex.
O filtro de Alex, que poderia existir em quase todas as residências
O projeto do filtro biológico foi desenvolvido por Alex e construído por dois jardineiros, precisando apenas um dia para ficar pronto. Seu funcionamento eficaz demora aproximadamente um ano para acontecer. “Sou biólogo e acho que devemos fazer o que pregamos, sempre procurando fazer o melhor para o planeta onde vivemos”, lembra Alex. O biológo tem a perspectiva de que daqui a um ano, as plantas do filtro estejam com quase dois metros de altura, intensificando ainda mais o processo. Além de absorver e remover as bactérias, as plantas utilizadas no filtro biológico aumentam o oxigênio no solo e na água, potencializando a atuação das bactérias benéficas ao sistema.
Métodos alternativos
*De forma pontual, surgem nos municípios do Vale do Sinos propostas ambientalmente viáveis e de baixo custo para o tratamento de esgoto nas cidades da região. Entres as práticas mais adotadas entre Campo Bom e Nova Hartz, está o uso de plantas para o tratamento do esgoto doméstico.
*Um dos modelos mais propagandeados é o adotado pela Comusa – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo, na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no residencial Mundo Novo, no bairro Canudos. Em 2012, a autarquia converteu esta estação para o sistema que utiliza plantas. Por dia, são tratadas 90 metros cúbicos de esgoto, para uma população acima de mil pessoas.
*Outra ação pioneira da região é a desenvolvida pela Autarquia Águas da Nascente de Nova Hartz. Desde 2006, o município vem apostando na construção de pequenas estações em bairros estratégicos da cidade. O primeiro local a receber uma estação que utiliza plantas para o tratamento de banheiros e cozinhas foi a Escola José Schmidt, no Arroio da Bica. Outro bairro que possui uma estação de tratamento por plantas é o Vila Nova. Na região, a estação trata o esgoto gerado por 50 famílias.
*O sistema que utiliza plantas como o junco, a bananeira, a cana da índia, o tabuão e o inhame possui uma taxa de tratamento de até 98 %, conforme levantamento da Autarquia Águas da Nascente.