Filme gravado por grupo de Sapiranga retrata história de família tradicional da cidade

Foto: Reprodução de uma cena do filme

 Sapiranga – O que era para ser um projeto em homenagem ao aniversário de 65 anos da cidade de Sapiranga, acabou virando um filme. “Sapiranga: venha ver quem não viu” é uma obra da “Freitag Produções Culturais” de uma ideia que partiu da Prefeitura de Sapiranga como forma de prestígio ao aniversário do município.

A produção conta a história de uma família tradicionalmente alemã no início do século XX, trazendo costumes e a forma de vida tradicional da época, fazendo também referência a lugares importantes e turísticos da cidade das rosas, como o Parque do Imigrante. A obra, produzida pelo sapiranguense Anderson Freitag, conta com os conterrâneos Karina Bayer e Lucas da Silva, roteirista e ator, respectivamente, além de Maurício Fülber, de Novo Hamburgo, roteirista, como nomes mais conhecidos do curta. O projeto, idealizado em janeiro de 2020, começou a ser gravado apenas no início deste ano, com filmagens externas em alguns pontos da cidade. Após uma longa paralização motivada pela pandemia, as gravações foram retomadas no mês de julho, dando prosseguimento a produção do curta.
Ainda sem data de estreia, a obra será transmitida no Centro de Cultura Lúcio Fleck e será exibida para convidados e comunidade.
Esta é a primeira produção feita estritamente por artistas da região, tornando-a ainda mais especial e valorizando o trabalho daqueles que escolheram ficar e produzir conteúdos mesmo distante dos grandes polos.

O filme tem como missão compartilhar a valorização da família e dos seus costumes, além da participação de imigrantes na formação da nossa cidade. Outro objetivo do curta é também a representação artística da história do município, assim como dos momentos que fazem parte de todas as famílias, como perdas e conquistas no decorrer dos anos. A obra, ainda, prega respeito a todos da família, independente do sexo e do momento de vida de cada um.
Por fim, o filme mostra que, atrás dos personagens, existem também pessoas comuns, desconstruindo a ideia padronizada de grandes produções, onde os artistas atuam somente nas grandes capitais. “A gente (grupo Freitag Produções Culturais) sempre escolheu uma frase de Aldir Blanc: ‘Mesmo que tudo esteja parado, o show tem que continuar. Esse movimento é para dizer que Sapiranga não parou”, avalia Anderson Freitag, diretor do filme, que visitou a sede do Jornal Repercussão no Vale dos Sinos para comentar sobre o projeto.

O grupo é formado, majoritariamente, por artistas de Sapiranga, contando apenas com Maurício Fülber, roteirista de Novo Hamburgo. O projeto do diretor Anderson Freitag veio a partir do edital da Lei Aldir Blanc e teve como tema empreendedorismo. Uma vez aprovado, Anderson optou por executá-lo com artistas da região, pois visa a valorização dos mesmos e o incentivo a projetos municipais.
A mensagem de apoio aos artistas da região fica implícita também no filme, uma vez que o mesmo se inicia (spoiler) com os atores se preparando para as gravações, havendo o intuito de mostrar a todos que são pessoas normais e que é possível a realização de grandes obras mesmo longe do foco das produções artísticas.