Feira do Produtor é tradição em Campo Bom

Osmar Torres mostra, orgulhoso, o mel que vende aos clientes - Fotos: Melissa Costa

Campo Bom – Todos os sábados, das 6h às 11h, eles estão em frente ao Parcão, na Avenida dos Municípios. O espaço foi construído para eles e ali acontece a Feira do Produtor, momento que agricultores e produtos de Campo Bom e região podem expor e vender o que de melhor produzem em suas propriedades. Faça chuva ou faça sol, é garantia de tudo fresquinho para a sua mesa. E a clientela é fiel. Tem moradores que todos os sábados fazem suas compras. “Toda comunidade está convidada a conhecer nossa feira”, disse Osmar Torres, que há 13 anos produz e vende seus produtos nas feiras em Campo Bom.

Osmar recorda quando a feira ocorria próximo da Delegacia de Polícia. “São anos de luta e, agora, nesse lugar que temos aqui, o ponto está perfeito. Estamos aqui há mais de 10 anos. A nossa feira cresceu bastante e se houvesse mais espaços, com certeza teriam mais pessoas vendendo”, disse ele. Além de aumentar a renda com a venda aos sábados pela manhã, Osmar diz que a alegria de estar em contato com o público é um ganho ainda maior. “A venda está muito boa, não podemos reclamar. Fora isso, fazemos muitas amizades, conversamos com tantas pessoas durante a manhã, mantemos contato, fazemos novos clientes. Nossa feira vai aumentar, tenho certeza de que vai acrescer ainda mais”, disse ele, que comercializa algumas especialidades de mel, melado, schmier e queijo. “Nasci em Campo Bom e tenho muito orgulho da nossa terra”, conta ele, que tem 50 anos.

Negócio em família

Cloé ao lado do filho Jeferson mostra alguns de seus produtos vendidos na feira

A família de Cloé Trein atua na venda de cuca, pães, biscoitos e bolos. Ao lado filhos Jaciara e Jeferson, ela conta que a Feira do Produtor, durante a pandemia, se tornou uma boa fonte de renda. “Há bastante tempo a gente vende os nossos produtos aqui, mas antes da pandemia, nosso forte era fornecer alimentos para a merenda escolar. Com a pandemia, tivemos uma queda significativa de vendas e tivemos que nos desdobrar para conseguir enfrentar esse período tão difícil. A feira aos sábados nos ajudou muito, pois o movimento não parou, as pessoas continuaram comprando”, conta Cloé, que decidiu encarar o negócio em família porque é apaixonada pela produção dos alimentos. “Sempre gostei de fazer. Adoro lidar na cozinhar e, então, chegou um momento da nossa vida que surgiu a ideia e a oportunidade e decidimos encarar. Hoje trabalho com meus filhos e estamos conseguindo obter nosso sustento assim.”