Fechamentos de fábricas do setor calçadistas geram demissões em Sapiranga

Sapiranga – Novas ações trabalhistas estão sendo movidas por intermédio do Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga e Região, a partir do fechamento de unidades de fábricas do ramo calçadista no Município. Mais de 200 demissões teriam resultado do fechamento de duas fábricas, recentemente, em Sapiranga. “Tivemos mais de 80 demissões com o fechamento da Impactus Calçados e, antes disso, outras 130 pessoas, acabaram desligadas da Piber Shoes, há uns três meses”, disse o presidente do Sindicato dos Sapatateiros de Sapiranga e Região, Júlio Cavalheiro. A Impactus Calçados estava localizada no bairro Sete de Setembro, enquanto a Piber Shoes, fica no bairro São Luiz.

Uma das empresas adere ao parcelamento

O presidente do Sapateiros de Sapiranga e Região, Júlio Cavalheiro, ressalta que a Piber Shoes, está pagando de forma parcelada os valores relacionados aos direitos trabalhistas. “Ficou definido que o pagamento desses valores seria feito em três parcelas. A primeira delas parece que já receberam”, destacou o sindicalista.

A reportagem do Jornal Repercussão não localizou os responsáveis pelas duas empresas do ramo calçadista.

Recuperação judicial

= Outra situação registrada na cidade foi a demissão de quase 80 funcionários da unidade da Paquetá The Shoe Company, em Sapiranga, um pouco antes da empresa ingressar com pedido de recuperação judicial. Ficaram desta forma pendentes valores referentes a rescisão trabalhista. O pedido de recuperação judicial foi apresentado no dia 24 de junho, às 22h, na comarca de Sapiranga. O valor das dívidas, coberto pela proposta, é de R$638,5 milhões.

= Ficaram em aberto a quitação de salário do mês e nem o valor da rescisão. Os participantes encaminharam as guias para o saque do FGTS ao fim da reunião. Agora, os 74 ex-funcionários devem habilitar os processos para solicitar, na Justiça do Trabalho, os demais direitos adquiridos no vínculo empregatício com a empresa trabalhista. Não há informações de novas demissões em nenhuma das outras unidades. A expectativa prevista pelos gestores era de um cenário de estabilidade e até de contratações a médio e longo prazos, após a superação do quadro que rendeu o pedido de recuperação judicial.

Reportagem: Fábio Radke

Foto: Abicalçados