Família reconstrói casa com doações após incêndio

Sapiranga – Menos de cinco minutos foram precisos para que o fogo destruísse a casa de alvenaria onde dona Rosana da Rosa Domingues, seu filho David Felix da Silva, sua nora Eliane Castro de Mello, e sua filha de apenas oito anos, Ana Caroline Domingues, moravam. O incêndio, que aconteceu na terça-feira (4), pode ter iniciado a partir de um curto-circuito. “A energia elétrica estava em meia-fase e havia uma lâmpada ligada”, explica um dos filhos de Rosane, Giovani Felix da Silva, que mora ao lado da casa atingida pelo incêndio. Desde o momento da tragédia, a ajuda da comunidade, tanto para tentar conter o fogo, quanto com doações, foi essencial para que a família conseguisse se reerguer.
A casa era dividida. De um lado morava David e Eliane, e do outro, Dona Rosana e a filha Ana. No momento em que iniciou o incêndio, a menina estava sozinha em casa. “Nesta manhã minha filha pediu para que eu não fosse trabalhar, pois ela estava com medo. Ela nunca fala isso, mas neste dia ela teve um pressentimento”, explica Rosane.

Fogo
O fogo iniciou em um colchão e Ana correu para acordar seu irmão e a cunhada Eliane, que está grávida e terá o bebê nos próximos dias. Os três apenas tiveram tempo de sair de dentro da casa, sem conseguir levar nada. “Saímos apenas com a roupa do corpo. Tentei voltar para pegar alguma coisa do enxoval do bebê, mas foi impossível. Meu pai teve que ir lá e me tirar do meio do fogo”, explica David.
>No momento, a família se empenha na construção de uma nova casa no local da casa que foi incendiada. Quatro madeireiras de Sapiranga ajudaram com a doação de materiais de construção e a Defesa Civil auxiliou com as telhas. “As pessoas que não puderam nos ajudar com doações, nos ajudam com a mão de obra. Essa ajuda está sendo essencial para nossa família”, disse David. 
Roupas, enxoval para o bebê que está por vir, geladeira, cama, televisão, fogão, sofá, ropeiro, alimentos e materiais de construção são algumas das doações que a família recebeu, através das mais de 400 ligações que receberam desde o momento do incêndio. “Na hora em que perdemos tudo, às vésperas de eu ganhar meu bebê, pensei que ficaríamos sem nada. O alívio veio no momento em que as doações começaram a chegar. Espero que quem nos ajudou com as doações receba tudo em dobro”, disse a jovem Eliane.
A família aconselha que para evitar que um curto-circuito aconteça, é preciso estar com a rede elétrica atualizada e não deixar nenhum equipamento eletrônico ligado no momento em que a energia estiver em meia-fase. “Nossa rede já estava precária”, disse Giovani.
“No momento do incêndio minha vizinha foi me buscar no local onde trabalho, um atelier, e não acreditei. Quando cheguei na casa incendiada, os bombeiros já haviam apagado o fogo. Foi horrível, muito triste. O que nos consola é ver que o povo é muito bom. Chegaram doações de diversas cidades do Estado. Ainda estou tentando me recuperar do susto”, explica dona Rosana.
A família, que após o susto recebeu centenas de doações, diz estar agradecida à comunidade, já que a ajuda foi suficiente para que a família pudesse se reerguer. “Tem outras pessoas com necessidades, precisando de ajuda, e nós já conseguimos o suficiente”, explica Giovani. Os quatro integrantes agora estão vivendo na casa de Giovani, até que a construção da nova casa esteja pronta.