Falta de remédios em Campo Bom afeta moradores

A falta de remédios da demanda do Estado, que tratam doenças e situações mais graves no município, não é novidade. Porém, a falta de medicamentos básicos, como Amoxicilina, Paracetamol, Ibuprofeno e Soro físiológico nasal, têm afetado a comunidade que depende de ajuda para tratar sua saúde.
A moradora do bairro Centro, Bruna de Oliveira, 25 anos, esteve tentando adquirir os medicamentos durante várias vezes no último mês, mas acabou tendo que gastar mais de R$100 do seu próprio dinheiro para se medicar.
Cansada de procurar a farmácia e não encontrar nenhum medicamento, Bruna desabafa. “Acho a falta de tantos remédios básicos um absurdo, levando em conta que quem depende da farmácia pública geralmente não tem condições de comprá-los. No último mês me obriguei a gastar com remédios que deveriam vir da prefeitura.”, disse Bruna.
Segundo a Secretaria de Saúde de Campo Bom, o Paracetamol esteve em falta apenas durante dois dias, a Amoxicilina tem previsão de chegada para em média de 15 dias e o Soro físiológico nasal está em falta devido a falha na logística do fornecedor, mas que tem previsão de regularização em até uma semana.
“Estamos fazendo uma lista de medicamentos essenciais para darmos prioridade de compra e evitar que falte no ano que vem”, ressaltou o secretario de saúde Jerri Moraes.
Prefeitura regulariza
Em uma matéria feita há um mês pelo Jornal Repercussão, foi constatado que entre 120 medicamentos, 25 estavam em falta em Campo Bom, sem previsão de chegada. Outros 42 tipos de medicamentos, que são da demanda do Estado, também estavam em falta. Segundo Jerri, a dispensação de remédios pela Farmácia do Município já está se regularizando e agora quase não há medicamentos em falta.
Motivo da falta
Jerri explica que quando faltam medicamentos na farmácia, muitas vezes é pelo atraso da entrega da empresa responsável pelo fornecimento. O secretário também esclarece que a carência desses remédios básicos que Bruna citou aconteceu devido à alguns fornecedores não terem as medicações para entregar, sendo que alguns itens estavam com problemas de falta de matéria-prima e do próprio processo de licitação, que agora está em andamento.