Fã viaja mais de 300 km para ver Luan Santana se apresentar na 35ª Festa das Rosas

I Moradora de Passo Fundo, Dienifer enfrentou adversidades e encontrou no músico forças para superar

Sapiranga – Qual a maior loucura que você já fez por algum ídolo?! Qual o motivo de ter feito?! Após parar para pensar um pouco, certamente lembrará, pois, estas “loucuras” criam momentos únicos e que são facilmente armazenados na memória de quem os viveu, para sempre.

Dienifer Casanova, de 20 anos, é natural de Passo Fundo, local onde mora atualmente com os pais, e no último domingo, 11, esteve em Sapiranga para ver mais um show do seu cantor preferido, Luan Santana, em apresentação na Festa das Rosas. Este show marcou o de número 38 desde que passou a admirar e acompanhar o ídolo, há cerca de 9 anos, à época com 11 anos.

Foram mais de 300km percorridos nas quatro horas de viagem, tudo para ver de perto mais uma vez a pessoa que lhe ajudou em uma situação difícil. “Eu passei por questões familiares bem delicadas, um momento muito triste na minha vida e foi o Luan quem me ajudou nisso, ele me ajudou a superar várias coisas, em especial com a música ‘Sinais”, disse.

Dienifer conta ainda sobre o começo de tudo. “Comecei a admirar ele a partir de ‘Meteoro’, que ouvi na escola, então fui pesquisar mais sobre a vida, trabalho e pessoa que ele é, e fiquei muito encantada”, conta a estudante de Arquitetura e Urbanismo.

Mas, viajar 300 km até Sapiranga, não se compara a um momento em particular, que será contado logo ao lado.

A maior de todas as loucuras

Em maio deste ano, Luan Santana se apresentava em Lajes, a uma distância de mais de 400km de uma fã, Dienifer. “Foi na época da greve dos caminhoneiros, eu e algumas amigas combinamos de ir com uma amiga de Porto Alegre, mas ela ficou sem gasolina. Como não queria perder o ingresso, hotel e nem o show, disse: ‘Vamos igual’. Saímos à noite, curtimos o show, dormimos em um hotel e voltamos no outro dia. Cerca de 200km para chegar em Passo Fundo, meu carro entrou na reserva, procuramos e todos os postos que passávamos estavam fechados, até que em Lagoa Vermelha achamos um, abasteci e depois deu tudo certo. Quando cheguei em casa, tive que contar para meus pais, eu tinha ido escondida, e ao ficar sem gasolina a última coisa que queria era ligar para eles. Então me tiraram o carro e meu pai ficou dias sem falar comigo. Mas depois entendeu, pois era uma coisa boa. Muitos fazem coisas bem erradas, e isso não é, eu acredito que seja um vício bom”, confessa.

O que Luan Santana representa

O cantor nacionalmente conhecido é um dos principais artistas da atualidade, e ao longo de 10 anos de carreira, vem conquistando cada vez mais admiradores.

“O Luan é uma pessoa humilde, transmite amor. Ele retribui o amor das fãs através das músicas”, conta Dienifer que guarda todos os CDs de lembrança. Ela comenta mais. “Sempre amei o Luan, entrar no camarim foi uma coisa que sempre quis, era meu sonho conhecer ele, e quando ocorreu – em 2015, em Chapecó – eu passava por situações delicadas, conhecê-lo me ajudou a superar”, disse. Dienifer completa. “Ter o Luan na minha rotina me animava. Às vezes estava meio desanimada, mas surgia um show e eu me alegrava, pois pensava: ‘semana que vem eu vou ver o Luan'”, explica.

Mas Dienifer tem consciência que já foram muitos shows. “Meu pai acha que já é demais, afinal fui em 37 shows, e eu também penso, ‘vou dar uma parada, focar nos estudos’, mas quando vejo já estou indo de novo”, pondera a fã, que no domingo foi pela 38º vez ver Luan, também sem avisar. “Meu pai não sabe que estou aqui hoje, pois disse que estaria em Carazinho fazendo trabalhos para faculdade”, finaliza.

Texto e fotos: Taylor Abreu